Existem discos que tornam-se marcantes muito mais do que pelo seu conteúdo. O contexto que os envolve, a comoção e ansiedade gerada entre os fãs e a crítica, o sentimento de missão cumprida ao ouvir as músicas pela primeira vez. Esse é o Colours In The Dark.
O terceiro disco solo de Tarja Turunen tem estilo similar aos registros anteriores, porém com o diferencial de estar muito mais maduro e elegante. De maneira geral as músicas tem atmosferas exóticas, belos arranjos e camadas de detalhes que tornam a audição um tanto quanto prazerosa. É também muito interessante ver de onde Tarja saiu, e onde ela está chegando.
Agora a vocalista solidifica em definitivo sua carreira, sendo mais conhecida por quem ela é, e não por quem já foi um dia, o fantasma-nunca-distante de ex-vocalista do Nightwish. Não que isso seja algo ruim, mas deuses, em 2014 completamos oito anos do último regristro dela com os outros integrantes. Já passou da hora de virar a página, está na hora é de virar o livro.
Sobre Colours In The Dark, ele mescla de maneira competente os dois cenários aos quais a vocalista nunca deixou de pertencer: o clássico e o rock. Guitarras com peso dosado, Mike Terrana na bateria, orquestrações Sarah Brightman-escas, e uma versatilidade vocal que Tarja ainda não havia explorado saltam aos ouvidos já nas primeiras faixas.
Há quem diga que a finlandesa peca no quesito demonstrar emoção, quando na verdade, demonstrar emoção é algo subjetivo, cada uma tem a sua visão de como fazer isso. E eu digo pra vocês a minha: Tarja tem uma forma teatral de expressar os sentimentos das letras, herança do seu passado musical.
Entretanto, Colours In The Dark oferece muito além de agudos-líricos-ou-pseudo-líricos. Temos uma oferta de subidas e descidas e tons que levam a uma viagem no mais positivo dos sentidos, no estilo mais montanha russa possível. Feels everywhere.
Destaques
Sobre Colours In The Dark, ele mescla de maneira competente os dois cenários aos quais a vocalista nunca deixou de pertencer: o clássico e o rock. Guitarras com peso dosado, Mike Terrana na bateria, orquestrações Sarah Brightman-escas, e uma versatilidade vocal que Tarja ainda não havia explorado saltam aos ouvidos já nas primeiras faixas.
Há quem diga que a finlandesa peca no quesito demonstrar emoção, quando na verdade, demonstrar emoção é algo subjetivo, cada uma tem a sua visão de como fazer isso. E eu digo pra vocês a minha: Tarja tem uma forma teatral de expressar os sentimentos das letras, herança do seu passado musical.
Entretanto, Colours In The Dark oferece muito além de agudos-líricos-ou-pseudo-líricos. Temos uma oferta de subidas e descidas e tons que levam a uma viagem no mais positivo dos sentidos, no estilo mais montanha russa possível. Feels everywhere.
Destaques
Victim of Ritual: A marcha introdutória inspirada no Bolero de Ravel desperta curiosidade. A música em si sobre a importância da criatividade, usando uma excelente analogias que traduz perfeitamente o conceito do disco. Você pode ler a análise que fizemos do video aqui. Minha faixa favorita;
Darkness (Peter Gabriel Cover): Tarja já adotou como tradição gravar um cover em seus discos. Dessa vez ela interpreta um dos sucessos do britânico Peter Gabriel, sacando vocais diferentes do seu costumeiro, e que transportam bem o clima (literalmente) dark da original;
Mystic Voyage: Um Q de melancolia marca a faixa. De fato você embarca numa viagem quando ouve os vocais ao fundo, bem cinematográficos, com guitarras sutis o suficiente para não roubar a cena. Destaque também para o piano, que compõe uma atmosfera alla Boy And The Ghost.
Conclusão
Colours In The Dark é bombástico a sua maneira. Tarja achou o seu jeito de fazer música, que em parte foge do estereótipo de metal sinfônico que a consagrou. Para mim em especial, ouço o disco mais facilmente que What Lies Beneath, outro ótimo registro, é verdade, mas que não tem comigo a mesma fluidez.
No mais do mais, o Hardmetal Brasil bate o martelo e decreta a sentença: a carreira da Sarah Brightman do metal nunca esteve tão promissora quanto agora.
Formação
Tarja Turunen - Vocais e piano
Alex Scholpp e Julian Barrett - Guitarra
Kevin Chown e Doug Wimbish - Baixo
Christian Kretschmar - Teclados
Mike Terrana - Bateria
Max Lilja - Cello
Tracklist
1. Victim of Ritual
2. 500 Letters
3. Lucid Dreamer
4. Never Enough
5. Mystique Voyage
6. Darkness (Peter Gabriel Cover)
7. Deliverance
8. Neverlight
9. Until Silence
10. Medusa (feat. Justin Furstenfeld)
3 Comentários
Bela Resenha! Parabéns... Tarja sempre surpreendendo a cada álbum solo lançado!
ResponderExcluirPensava que o Kikinho estaria como guitarrista no disco já que é comum ele tocar com a Tarja e até ter casado com a tecladista dela xD
ResponderExcluirRock Club: deu bastante trabalho, mas um grande disco merece uma resenha "prendada", ha. Agradeço o elogio, caso quiserem sintam-se à vontade pra publicar o texto no blog de vocês. :)
ResponderExcluirWaka: a vida é mais zuera do que a gente imagina, hahahaha.
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