Mal começamos a semana (mal começamos o dia, na verdade) e a loucura negativa de 2016 fez novas vítimas no heavy metal: o Sirenia demitiu a sua vocalista. De novo.
Tá certo que muita gente não compartilhava do amor pela Aylin na banda (admiro o esforço no Perils of the Deep Blue, mas nunca consegui simpatizar 100% com ela), entretanto, com todo o histórico digno de piada que o Sirenia tem, foi até milagre ela ter durado quatro anos e mais de um álbum. Agora, com as duas partes seguindo caminhos diferentes, ficam as dúvidas: como/quando/onde/por quê?
É o clássico História dos Três Lados: o seu, o deles, e o verdadeiro. O que realmente houve, a menos que a banda seja caridosa e conte, a Aylin quebre o silêncio, ou uma terceira parte envolvida revele, nunca vamos saber. E é cabreiro dizer que a decisão foi amigável, pois o comunicado no qual a vocalista fala que a "decisão não foi dela," deixa 500% de desconfiança no ar.
Ainda mais porque o Morten tem essa coisa de não gostar de creditar os músicos que trabalham com ele, coisa e tal.
Não bastando, fica a insegurança por causa desse ano de coisas como: o fim do Crucified Barbara, a saída metade do Eluveitie, e a polêmica Liv Kristine x Leaves' Eyes, uma das mais tristes desde tudo que o Nightwish já fez.
(A escola de bandas problemáticas continua..)
A coisa fica ainda mais estranha quando você olhar na internet e ver que o Sirenia está (ou estava?) gravando um novo álbum e tinha shows com a formação atual marcados. Inclusive no Brasil. E essa moda de marcar show com uma vocalista pra aparecer com outra, hein? Vamos maneirar na propaganda enganosa, galera.
"Demissão" é uma palavra temida, mas comum na nossa vida de sociedade capitalista. Nossos empregadores descartam rápido quem não dá lucro suficiente, quem "desafia a autoridade," é um jogo de poder. O fator humano, de preocupação com a pessoa? Raramente dá as caras. Aylin perdeu a mãe esse ano e tem tido problemas de saúde (diabetes). É bem complicado.
Aos fãs da banda, resta esse sentimento estranho. Aos que acompanham o metal e em especial as bandas de vocal feminino, fica a péssima impressão. Pra mim, fica um desânimo imenso. Sério, meninas, juntem-se num mega projeto, livres, leves e soltas, onde vocês mandam em vocês mesmas. Vocês merecem mais do que isso.
Ah, e Morten: se você não consegue manter o Sirenia com uma vocalista por mais de oito anos, um álbum, não consegue trabalhar com ninguém, desiste de uma vez e segue com o Mortemia. Afinal, é bem mais difícil demitir alguém do próprio projeto de banda de um homem só.



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