Antes de se tornar um dos destaques de 2014, o In Flames precisou novamente vencer a desconfiança criada entre os fãs com o passar dos anos, mostrando que apesar dos primeiros singles lançados terem dividido opiniões e não exatamente no melhor dos sentidos, o verdadeiro charme da sereia ainda não tinha sido totalmente revelado.
Mesmo eu, fã da banda e defensora da qualidade na fase pós Clayman fiquei na dúvida, tendo essa alcançado o máximo com o lançamento de "Through Oblivion", uma música sem sal para um grupo que já havia vivido para dar vida a "The Chosen Pessimist" ou "The Attic", por exemplo. E isso após o lançamento da ótima "Rusted Nail", que apesar da letra relativamente simples, levou os riffs-assinatura dos suecos + a capacidade de criar melodias cativantes a outro nível (esse positivo).
Então, por que ouvir Siren Charms?
Por que definindo no ditado popular, quem vê cara não vê coração. E Siren Charms é incrível. Durante as gravações li uma entrevista onde Anders Fridén (vocais) deixava claro que nós não vamos gravar um Whoracle Pt. 2 ou Jester's Race Pt. 2. Bingo. Foi a mostra de coragem que eu precisava para, apesar da apreensão, manter a esperança de que esse álbum me surpreenderia, mesmo que essa esperança por vezes tenha ficado bem remota.
Quando eu ouvi "When The World Explodes" no site de uma rádio sueca, tive um bug mental. Há um bom tempo o In Flames não usava vocais femininos, e a forma como fizeram nessa música reforçou a vibe introspectiva que eu adoro, até me lembrou um pouco "Liberation". O refrão, que é onde a voz feminina surge, ficou triste e bonito, pra não dizer (de novo) completamente inesperado. Sem mencionar o vocal do Anders, que me deixou aliviada pelo que fez.
Não é de hoje que eu sustento a teoria interna sobre o vocalista ter perdido parte da potência da voz. Pode ser só uma paranóia, mas vá lá, eu sou a paranóia em pessoa. Anders passou a usar muito mais o vocal limpo, e mesmo a voz agressiva mudou, trocando os high pitched screams puxados pro death metal por screams mais estilometalcore, o que revoltou os fãs conservadores ainda mais Se a teoria procede? Talvez, mas eu te posso digo, ao menos em Siren Charms ela não fez tanta diferença.
O álbum manteve o som que começou em Sounds of a Playground Fading: metal, porém moderno, até podendo se encaixar entre bandas feito Korn ou Deftones, o que para mim não foi ruim nem bom (já que são bandas que eu não ouço tanto), apenas foi diferente. Despertou a curiosidade. As guitarras me agradaram bem mais do que as do Sounds, e me deixou muito feliz de ver os detalhes que você ouve e fazem dizer "isso é uma música do In Flames", ainda continuam ali, intactos.
Menção honrosa também pra bateria, usando e abusando de splashes, que tornaram as músicas mais dinâmicas. No geral o som está mais coeso, sem tantas pontas soltas. Siren Charms custa um pouco a convencer, mas quando consegue, agrada a cada vez que você ouve. Mesmo a patinho feito "Through Oblivion" soa bem melhor junto com as outras músicas, porque ela faz uma boa ponte entre a faixa anterior e a faixa seguinte.
Mesmo o departamento de vocais se saiu bem. Paranóias a parte, a performance de Anders em Siren Charms se meteu entre as performances de A Sense of Purpose e Clayman, minhas favoritas. Ele carrega com dignidade os momentos agressivos, e se sobressai nos limpos, detalhe que só melhorou com os anos. Tiro por exemplo "Rusted Nail", que antes do refrão (o trecho que em inglês é chamado de brigde, ou ponte) usa um combo de vocais + back vocais irresistível, transbordando adrenalina.
(PS: o mesmo efeito meio que se repete nos refrões de "In Plain View" e "Everything's Gone")
Destaques
"Rusted Nail"
"Dead Eyes"*
"Monsters In The Ballroom"
*Faixa favorita
Conclusão
Siren Charms tem um conjunto da ópera aparentemente simples, mas fácil de cativar se você ouvir com coração e mente abertos: boas melodias, vocais sólidos, o brilho das letras abordando os dilemas do ser humano com o toque introspectivo selo-In-Flames-de-qualidade. Nesse aspecto eu faço "Dead Eyes" o destaque do destaque, com a sua linda mensagem mostrando uma jornada de superação que poderia muito bem ser a sua ou a minha.
Todas as músicas são recomendadas, entretanto eu me apeguei mais a segunda metade do álbum, a partir de "When The World Explodes". Ok, eu sei que isso é uma questão pessoal, porém fica como dica e até curiosidade pra ver se você vai sentir o mesmo ou se vai receber o álbum tão bem quanto eu recebi. O que seria ótimo e me deixaria com a sensação de missão 200%comprida e cumprida.
E assim começou a história de como a blogueira que vos fala caiu nos charmes dos sereios suecos. De novo. E assim o nome do álbum se transformou numa ironia e tudo fez total sentido.
Formação
Anders Fridén – vocais
Björn Gelotte – guitarra
Peter Iwers – baixo
Daniel Svensson – bateria
Niclas Engelin – guitarra
Tracklist
1. In Plain View
2. Everything's Gone
3. Paralyzed
4. Through Oblivion
5. With Eyes Wide Open
6. Siren Charms
7. When The World Explodes
8. Rusted Nail
9. Dead Eyes
10. Monsters In The Ballroom
11. Filtered Truth
Links relacionados
http://inflames.com/
https://www.facebook.com/inflames
https://twitter.com/inflames_swe
http://www.lastfm.com.br/music/In+Flames
Mesmo eu, fã da banda e defensora da qualidade na fase pós Clayman fiquei na dúvida, tendo essa alcançado o máximo com o lançamento de "Through Oblivion", uma música sem sal para um grupo que já havia vivido para dar vida a "The Chosen Pessimist" ou "The Attic", por exemplo. E isso após o lançamento da ótima "Rusted Nail", que apesar da letra relativamente simples, levou os riffs-assinatura dos suecos + a capacidade de criar melodias cativantes a outro nível (esse positivo).
Então, por que ouvir Siren Charms?
Por que definindo no ditado popular, quem vê cara não vê coração. E Siren Charms é incrível. Durante as gravações li uma entrevista onde Anders Fridén (vocais) deixava claro que nós não vamos gravar um Whoracle Pt. 2 ou Jester's Race Pt. 2. Bingo. Foi a mostra de coragem que eu precisava para, apesar da apreensão, manter a esperança de que esse álbum me surpreenderia, mesmo que essa esperança por vezes tenha ficado bem remota.
Quando eu ouvi "When The World Explodes" no site de uma rádio sueca, tive um bug mental. Há um bom tempo o In Flames não usava vocais femininos, e a forma como fizeram nessa música reforçou a vibe introspectiva que eu adoro, até me lembrou um pouco "Liberation". O refrão, que é onde a voz feminina surge, ficou triste e bonito, pra não dizer (de novo) completamente inesperado. Sem mencionar o vocal do Anders, que me deixou aliviada pelo que fez.
Não é de hoje que eu sustento a teoria interna sobre o vocalista ter perdido parte da potência da voz. Pode ser só uma paranóia, mas vá lá, eu sou a paranóia em pessoa. Anders passou a usar muito mais o vocal limpo, e mesmo a voz agressiva mudou, trocando os high pitched screams puxados pro death metal por screams mais estilo
O álbum manteve o som que começou em Sounds of a Playground Fading: metal, porém moderno, até podendo se encaixar entre bandas feito Korn ou Deftones, o que para mim não foi ruim nem bom (já que são bandas que eu não ouço tanto), apenas foi diferente. Despertou a curiosidade. As guitarras me agradaram bem mais do que as do Sounds, e me deixou muito feliz de ver os detalhes que você ouve e fazem dizer "isso é uma música do In Flames", ainda continuam ali, intactos.
Menção honrosa também pra bateria, usando e abusando de splashes, que tornaram as músicas mais dinâmicas. No geral o som está mais coeso, sem tantas pontas soltas. Siren Charms custa um pouco a convencer, mas quando consegue, agrada a cada vez que você ouve. Mesmo a patinho feito "Through Oblivion" soa bem melhor junto com as outras músicas, porque ela faz uma boa ponte entre a faixa anterior e a faixa seguinte.
Mesmo o departamento de vocais se saiu bem. Paranóias a parte, a performance de Anders em Siren Charms se meteu entre as performances de A Sense of Purpose e Clayman, minhas favoritas. Ele carrega com dignidade os momentos agressivos, e se sobressai nos limpos, detalhe que só melhorou com os anos. Tiro por exemplo "Rusted Nail", que antes do refrão (o trecho que em inglês é chamado de brigde, ou ponte) usa um combo de vocais + back vocais irresistível, transbordando adrenalina.
(PS: o mesmo efeito meio que se repete nos refrões de "In Plain View" e "Everything's Gone")
Destaques
"Rusted Nail"
"Dead Eyes"*
"Monsters In The Ballroom"
*Faixa favorita
Conclusão
Siren Charms tem um conjunto da ópera aparentemente simples, mas fácil de cativar se você ouvir com coração e mente abertos: boas melodias, vocais sólidos, o brilho das letras abordando os dilemas do ser humano com o toque introspectivo selo-In-Flames-de-qualidade. Nesse aspecto eu faço "Dead Eyes" o destaque do destaque, com a sua linda mensagem mostrando uma jornada de superação que poderia muito bem ser a sua ou a minha.
Todas as músicas são recomendadas, entretanto eu me apeguei mais a segunda metade do álbum, a partir de "When The World Explodes". Ok, eu sei que isso é uma questão pessoal, porém fica como dica e até curiosidade pra ver se você vai sentir o mesmo ou se vai receber o álbum tão bem quanto eu recebi. O que seria ótimo e me deixaria com a sensação de missão 200%
E assim começou a história de como a blogueira que vos fala caiu nos charmes dos sereios suecos. De novo. E assim o nome do álbum se transformou numa ironia e tudo fez total sentido.
Formação
Anders Fridén – vocais
Björn Gelotte – guitarra
Peter Iwers – baixo
Daniel Svensson – bateria
Niclas Engelin – guitarra
Tracklist
1. In Plain View
2. Everything's Gone
3. Paralyzed
4. Through Oblivion
5. With Eyes Wide Open
6. Siren Charms
7. When The World Explodes
8. Rusted Nail
9. Dead Eyes
10. Monsters In The Ballroom
11. Filtered Truth
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