
Marcando meu retorno ao Hardmetal Brasil em virtude das férias, decidi escrever sobre um assunto que se tornou parte da minha rotina musical recente: o visual kei. Aos leigos, uma breve explicação: o visual kei é um movimento musical surgido no Japão durante a década de 80, consistindo na mistura entre rock e metal, além do uso de instrumentos de música clássica, o que logo de cara não soa estranho se considerarmos por exemplo a existência do metal sinfônico. Entretanto, uma das características que mais proporcionou fama ao movimento foi a ênfase na aparência de seus artistas - ora mais sutil, ora mais extravagante.


Yoshiki: pianista, baterista, líder do X Japan e um dos pioneiros do visual kei
E como eu me interessei pelo jrock/metal? Pesquisando. Com ferramentas tão boas feito o computador e a internet, você que gosta de música e sabe usá-las só não descobre novidades se não quiser. Lembro de ter ficado curiosa com os longos cabelos coloridos dos membros do X (que mais tarde tornaria-se X Japan) em uma foto do artigo em inglês da Wikipédia, mas que foi o Versailles a me deixar mais intrigada com o bonito figurino do clipe DESTINY -The Lovers-. Atualmente essas são as bandas eu ouço, mas sempre que posso estou lendo sobre outras.
Com a nova coluna Nós somos true não quero mostrar a visão de um leigo, aprendi que é feio falar daquilo que não conhece ao menos um pouquinho. Também não será a visão de um ouvinte de anos. Será apenas a visão de uma pessoa musicalmente curiosa.

Se você não costuma julgar (negativamente) apenas pela aparência -candidato forte para se enganar com o visual kei- é legal conferir algumas dessas bandas. Sobre os figurinos, eles variam entre o bonito, divertido, excêntrico, dark..Os músicos seguem a mesma linha, desafiando em alguns casos o melhor dos observadores a dizer se esse é homem ou mulher. Essa brincadeira com a androginia me causa um certo desconforto, mas não sei.. Entendo que faz parte, pois a missão é essa: chocar. Indico esse link aqui que apesar do texto breve pode ajudar a explicar melhor.
Falando por mim, pessoa que gosta do que é belo e por isso estuda publicidade, o visual kei é curioso. Tomando como exemplo do Versailles, nota-se que a essência do som da banda é simples: momentos onde se toca power, symphonic metal, ou um rock mais leve em músicas como Amorphous e a recente Remember Forever. E eu, que andava cansada do power metal de bandas como Kamelot, Sonata Arctica, Stratovarius, Angra e Nightwish fiquei interessada pelo grupo, que usa bandas feito Dream Theater e o próprio Angra como inspiração.

Fica a pergunta: eu continuo ligada ao metal ocidental? Sim, apesar de tudo. O idioma pode ser um fator contra quando se começa a ouvir música em japonês, mas pense comigo..Um dia já foi assim com o inglês ou o espanhol. É um pouco trabalhoso, mas já encontrei sites onde as letras de bandas como GazettE, Matenrou Opera e o Versailles traduzidas até mesmo para o português (obviamente).
Qualquer dia pode surgir um review kei escrito por mim aqui no blog. Quem sabe.
2 Comentários
Power Rangers não, Super Sentai. PR é produto americano, isso gera brigas com os xiitas!
ResponderExcluirOs que se deixam levar pelo preconceito, acabam perdendo grandes bands para sus playlists, como X Japan. Indo a extremos, Endless Rain, X, Art of Life.
Se o xiita manja tanto de um assunto pra poder arrumar briga, poderia manjar pra ajudar aos mais "ignorantes", bro. Pouparia trabalho pra ele mesmo. Em todo caso fiz uma sutil correção no texto.
ResponderExcluirMas tá certo..Não é o céu na Terra, porém o rock/metal japonês tem coisas legais.
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