Para preparar os reviews para 2013 e finalizar o problemático ano de 2012 que foi para meu PC e conexão, eu voltei a ouvir o som dos caras. Afinal é Natal e na busca por um presente para Rinoa me deparei com O álbum que me fez a ser o que sou hoje em dia, me esperando, por modestas [censurado] Dilmas.

Lançado no ano 2000, o quarto álbum da banda pauslitana de power rock/ hard-rock, Dr Sin II foi repleto com algumas novidades muito boas e principalmente para divulgação e popularização da banda por terra Brasilis. O álbum chegou por bancas de jornais, permitindo uma grande distribuição e com preço mais conta, trazendo um puta álbum e uma revista recheada de conteúdo. Além dessas novidades, a banda estava em quarteto, tendo Michael Vesceras (ex Yngween Malmsteen) no vocal.

Burn "Modá" Fuck Burn!

01 - Time After Time: Seguindo a tradição de começar um álbum muito bom ou foda, com uma música que seja uma voadora na nuca, Time After Time trás bastantes elementos na sua composição passando por momentos de peso, suavização de clima, diversas técnicas do mestre Ardanuy mostrando muita técnica nas porradas e seu tradicional som swingado. Detalhe para os solos e para o solo final com direito a palhetada híbrida. Nota: 10


02 - Danger: A música também começa materlando e já é mais power/hard que a anterior que focou em uma composição supimpa. Danger fica marcada pelo belo serviço da cozinha Busic e um vocal agressivo de Vesceras. Novamente em seu grande momento, Ardanuy detona no solo e riffs com swing. Nota: 9


03 - Gates of Madness: Aqui temos a mesma pegada do hard, porém indo um pouco mais pro heavy metal, a vertente "familiar" para Vesceras. A música soa um pouco mais sombria, mais temática no que se propõem. Apesar de parecer um pouco estranho a principio, o som tem toda a assinatura Dr. Sin que conhecemos, principalmente na assinatura da guitarra. Nota: 8

04 - Eternity: A power balad do álbum, a música faz jus a tudo que uma música assim precisa e deve ter. Uma letra tocante de alguma forma, aqui se trata da infância. Um instrumental bonito de se ouvir. Uma interpretação marcante pelo vocalista e principalmente: solo extremamente marcante. A principio pode parecer um solo "simples" do Ardanuy, mas de simples tem nada, tendo muita técnica regada ao swing. Nota: 10



05 - Fly Away: Outra bela canção do álbum. A música começa com uma chamada a principio estranha para logo em seguida nos lembrarmos um pouco da pega da banda no álbum Insinity. Fly Away apesar de sua pegada ser meio estranha evolui muito bem, tendo um pré-refrão marcante, refrão muito bom e nem precisa comentar do momento do solo, ou precisa? Ouça as belas frases soadas pela Tagima custom. Nota: 9

06 - Miracles: Mais uma balada para contrastar com as porradeiras que vem dominando. Uma balada com pegada diferenciada e riff marcante. A principio pode parecer estranho, mas sua peculiaridade a torna bem diferente mesmo do que estamos acostumados a ouvir quando vem um som "balada" mas preste atenção no todo. Novamente, assim como no álbum todo, mais uma vez o solo se destaca. Dificilmente seria diferente tendo Ardanuy na guitarra. Nota: 8,5

07 - Same Old Story: uma música muito swingada e para quebrar um pouco o ritmo, preparando para o desfecho. Nota: 7,5

08 - What Now: Contrastando com Same Old Story, What Now já dá uma levantada na levada da música. A base mantém o peso porém, preparando pro refrão temos uma limpada e um pouco de alegrada no som até chegarmos em um momento em que a música toma um ar diferente e voltamos a ouvir tudo novamente. No solo fica uma boa combinação da base e frases, sendo um pouco mais no feeling e swing. Nota: 8

09 - Pain: E chegamos a mais uma balada no álbum e começa com um lick legal e diferente com o ritmo do álbum. A levada da música é muito boa de forma geral, da cozinha ao vocal, sem dizer no aguardado momento solo. Nota: 9

10 - Devil Inside: Começando em coro, a música já tem uma pegada mais rápida contrastando com frases swingadas e algumas frases com doses virtuosas. Aqui novamente temos um momento em que a música aprece mudar totalmente, ficando o vocal puxado por Ivan com o back de Andria, inversão da inversão do vocal, se fazer acorde com inversões é tenso, imagine isso. E com os irmãos Busic, chegamos ao solo de Ardanuy mostrando a importância da pausa para fazer licks legais. Nota: 9

11 - Suffocation: Um momento de pura poesia o ínicio da música. O álbum poderia terminar melhor? Para alguns, talvez. Mas o jeito como é Suffocation torna perfeito. Temos o humor, temos o tom Dr. Sin de levada, temos aquele momento "especial" da troca da levada da música. Enfim, Suffocation acaba sendo triste apenas em marcar o fim do álbum porém, Edu se despede com um solo animal. Nota: 9,5

Finalizando, o álbum marca uma das melhores fases da banda e por mais que tenha sido curta, a participação de vesceras foi boa. Há quem critique, dizendo que a banda teve que aceitar muitas coisas como guitarrista gringo vindo também, e por consequencia levando baile da habilidade do Edu. Dr. Sin II tem que estar na sua estante pra ontem!

Nota Final: 9