Com o passar dos anos (desde 2004), comecei a ver que não era um fato tão incomum de uma garota ouvir som pesado, por mais que nunca fosse cem por cento aceito. Afinal nem os meninos vivem em mar de rosas. E no meio desse caminho que venho caminhando, descobri então a existência do que todos carinhosamente chamam de female fronted metal.
O conceito? É básico e óbvio: que os vocais sejam de uma mulher. Nisso a variedade de bandas torna-se grande, não fossem por algumas tendências que acabam por estereotipar a cena. Uma das principais -ou a principal- foi o surgimento cada vez mais frequente de bandas com orquestrações e vocais "operísticos" (uso de aspas porque propriamente dito não chegam a ser, mas lembram). Não que fosse um recurso exclusivo para bandas com mulheres, vide outras como Dark Moor e Rhapsody of Fire, cujos vocalistas são homens e o apoio orquestral está lá.
Mas é que acabou por virar algo "característico".
Eu diria que situações assim desviaram a atenção (não de todos, mas de uma parte) de cantoras feito a alemâ Doro Pesch, uma das primeiras vocalistas da música pesada, que nunca encarnou as "Sarah Brightmans do metal", mas que ainda assim cantava. Sou extremamente fã da Sarah também, e comecei a ouvir heavy metal através do Nightwish, mas entendam o raciocínio.
Com isso acabei por me afastar do som dessas bandas algum tempo, mas continuei a pedir aos céus por um pouco de mudanças, até que comecei a encontrar um som aqui e ali que me fizeram concluir minhas preces haviam sido atendidas. Resolvi então reunir nesse post uma lista com um pouquinho do que eu gosto, e que como já é de costume, recomendo à vocês:
Considero um belo dueto entre a vocalista do Epica -Simone Simons- e o vocalista do Primal Fear, Ralf Scheepers. Um dos momentos onde a ruiva se destaca pela voz.
Uma parceria inusitada entre Klaus Meine do Scorpions e Tarja Turunen. Entretanto, eu recomendo a versão "Tarja" da canção, que para mim é mais coerente com o conceito de dueto.
Aqui a vocalista do Lacuna Coil -Cristina Scabbia- empresta a voz para uma das músicas do Apocalyptica que eu mais gosto. É emotiva, bonita e sim, a Cristina canta.
Uma das melhores músicas para mostrar que minhas preces musicais haviam sido realmente atendidas. Sharon Den Adel, conhecida pela voz suave colocou um pouco mais de agressividade na mesma e o resultado é digno de respeito. Ao menos do meu.
Obviamente que eu não deixaria de citar a Doro, que conheci por indicação de uma amiga. Essa música é cheia de energia, com um refrão que pede para ser cantado.
A segunda música da Doro é uma balada boa de se ouvir. Igualmente recomendada.
Já não faço mais idéia de como conheci o Delain, mas esse tipo de amnésia minha já tornou-se normal (risos). April Rain é parte do cd de mesmo nome, uma música que não é cheia de firulas sinfônicas, mas também não é musicalmente pobre. É simpática e agradável de ouvir.
Ainda que o Evanescence esteja em seu hiato Chinese Democracy, essa é uma das músicas que se eu voltar a ouvir a banda, não vou deixar de tocar aqui no Winamp.
Sem dúvidas uma das melhores músicas do Nightwish, e nem acho que seria exagero considerar uma das melhores do female fronted metal. É meio sombria, meio assustadora..Incrível.
Eu sempre gosto de citar músicas das duas formações do Nightwish porque faço questão de deixar bem claro que gosto de ambas. Cadence of Her Last Breath é uma das minhas música preferidas do Dark Passion Play.
Não preciso esconder de ninguém que a Shadowside é uma das bandas nacionais e femininas que mais rápidamente conquistou meu coração cantante (risos). Me identifico muito com a letra.
O HB é uma banda finlandesa de metal cristã, que pelo trabalho mais recente em The Jesus Metal Explosion, ensina uma boa lição de como fazer metal sinfônico e melódico não-tão-clichê pra muita gente.
Costumo Brincar que esse seria o Lacuna Coil sem a presença do Andrea, pois a vocalista do Elysion tem uma voz que me lembra a Cristina. Killing My Dreams tem uma presença razoável de sintetizadores e similares, mas isso só lhe acrescenta energia. Boa música para se aprender a cantar dessa banda grega.
Dobradinha brasileira, começando pela banda gaúcha de Erechim, a Holiness. Stéfanie Schirmbeck é daquelas vocalistas que vai surpreender você positivamente.
E fechando a lista, outro nome brasileiro (e conterrâneo aqui do Rio de Janeiro), o Hydria. Parte do mais novo cd, Poison Paradise, The Place Where We Belong me cativou e fez repetir a música na primeira ouvida, algo que não acontece sempre.
À vocês leitoras do blog, parabéns por mais um 8 de Março. Façam com todos os seus dias sejam esse dia. É um conselho clichê que você não deve deixar de seguir.
3 Comentários
Por um momento achei que tu ia postar algo sobre o Versailles no final -q
ResponderExcluirOh my..Esqueci -q Vai de bonus então, lol
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=suWFx_TT1ME
A música é boa hein, cai bem com o que eu disse sobre o som e o visual, como o pessoal pré-julga um som pesado de visual gay, digo, visual kei xD
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