
Depois de um tempo que passei contornando alguns contratempos, estou trazendo para vocês um novo "HMBR Entrevista", dessa vez com a banda Hangar. Espero que todos aproveitem a leitura, e o esquema é o mesmo: aqui vocês poderão ler algumas perguntas, e clicando no link ao final do post, ler o restante da entrevista.
HMBR: Antes de começarmos as perguntas de fato, contem pra gente como tem sido fazer a Infalibile Tour 2010/2011.
Hangar: Sensacional. Foram mais de 60 shows de abril até novembro. Temos viajado com todo o nosso equipamento no Infallibus e tem sido muito legal.
HMBR: Vocês tiveram experiências através de bandas 'reais' ou bandas cover até chegarem ao Hangar. Além disso, os integrantes são de partes diferentes do Brasil, onde estilos musicais igualmente diferentes são tradicionais. Isso chegou a influenciar o "caráter musical" de vocês? De saber o que vocês gostariam ou não de tocar, cantar, compor..E por aí afora.
Hangar: As influências de cada um estão sempre presentes e cada as leva na hora de compor. Na soma geral sai o que gostamos de fazer, metal, rock. Nossas diferenças musicais somam e não subtraem na hora de compor. Isso é muito legal pois o leque é muito grande mas o resultado final é power, metal, rock.
HMBR: O que a banda costuma ouvir atualmente? Dentro ou fora do metal, se for o caso.
Hangar: Tudo, de Paramore e We Are the Fallen até Death, passando por música nacional. Cada um tem os seus canais de entrada de novos sons. Geralmente o Aquiles está mais ligado enquanto o Mello vai mais nos tradicionais, enfim cada um na sua vibe.
HMBR: Incluir uma música como Dreaming of Black Waves no Infalibile foi casual ou planejada? Pois o que eu posso perceber é que, a melodia e vocais mais acessíveis, fariam dela uma boa ponte para alcançar o público não acostumado com o metal progressivo, ou com a banda. Digo por mim, que conheci o trabalho de vocês quando vi o clipe sendo exibido no programa Stay Heavy.
Hangar: Nenhuma música do Infallible foi premeditada. Quando fomos compor o disco não pensamos em fazer música assim ou assado. Elas saíram ao natural. “Dreaming of Black Waves” saiu assim mesmo sem intenção de ser uma “música de trabalho”.
HMBR: Ainda sobre a música, vocês contaram com a participação da Stefanie Schirmbeck, vocalista da banda Holiness. Aquiles produziu o álbum de estréia da banda, o "Beneath The Surface", e o Laguna também participou das gravações. Foi a partir daí que as bandas se conheceram?
Hangar: Na realidade foi através de um workshop que fizemos em Erechim, o Aquiles descobriu o talento da Stefanie e produziu o disco. Depois ela participou do nosso disco e clipe. Acho que foi uma grande ajuda, mas ao mesmo tempo ela tem o talento dela e a banda segue o seu próprio caminho atualmente. Não temos tido muito contato ultimamente.
HMBR: E de todas essas uma me chamou a atenção, que é aquela do banner do site oficial, onde apenas as mãos dos integrantes aparecem. É uma foto aparentemente simples, mas muito interessante. Ela foi feita a partir de uma idéia específica ou algo mais aleatório?
Hangar: Tem um conceito naquela foto que foi uma idéia do Aquiles. È bem simples e você o descobre na própria capa do disco. Tem a ver com a locomotiva ou o trem.
HMBR: Além dos shows, não é difícil ver na web anúncios do Hangar participando de aulas e workshops (juntos ou separadamente). Somando isso ao trabalho com a banda, vocês conseguem se manter 100% do tempo na música, ou tem outras atividades?
Hangar: Sim nos mantemos 100% na música. Temos muita procura por workshops , além de shows. Temos viajando muito por todo o Brasil e isso tem sido gratificante. Aliás quem quiser levar um workshop de um instrumentista da banda ou a própria banda entre em contato rapidamente.
HMBR: Falando ainda do tema "trabalhar com música", o Hangar também participou do William Shakespeare’s Hamlet. Como foi participar de um projeto desse porte?
Hangar: Isso foi a quase 10 anos. Foi um projeto da Die Hard de São Paulo e tivemos o prazer de poder gravar uma música chamada Hidden by Shadows. Foi difícil por que a letra era enorme , mas com um pouco de paciência conseguimos encaixa-la no instrumental.
HMBR: É evidente que ter um ônibus próprio facilita a vida, então eu queria saber o quão divertido ou interessante tornou-se cair na estrada com ele. Afinal, com toda aquela pintura e fotos da banda no lado de fora, é meio difícil imaginar que vocês cheguem nos locais de show sem ser notados.
Hangar: Com certeza o ônibus é um marco no metal nacional. Não há lugar onde passamos que ele não seja notado. Temos muitas histórias sobre estas viagens para contar, mas em uma outra oportunidade. São tantas que caberiam em um livro, ou talvez meio livro, rs.
HMBR: Apesar de serem músicos headbangers, você são músicos. Existe um conselho, ou dica, que vocês dariam à outras bandas de metal que estão surgindo dentro do atual do mercado fonográfico brasileiro?
Hangar: Trabalhar pela música e não por um ou outro segmento. Hoje é muito fácil gravar então detenha-se bastante na composição e execução e depois parta para o registro. Sinta-se seguro do que está fazendo e invista muito seu tempo na sua música.
HMBR: E para nós, ouvintes e fãs? Sou do tipo que acredita que os fãs não podem fazer mágica (daquelas de estalar os dedos e tudo mudar repentinamente), mas que acredita que eles podem ajudar a manter suas bandas favoritas na ativa, mesmo que através de pequenas atitudes.
Hangar: Com certeza o fã pode muito. Pedindo suas bandas favoritas em sua cidade. Tocando suas musicas em rádios, colaborando sempre para que a cena metal nacional se mantenha.
Fim de entrevista. Quero agradecer muito pela atenção que vocês me dedicaram nessa entrevista, e um obrigada ao próprio Nando Mello por ter respondido o meu e-mail (risos). Deixem uma mensagem para os leitores do nosso blog, e como costumo dizer, contem com o nosso apoio. Espero poder conversar com vocês novamente.
Hangar: Nós é que temos a agredecer o carinho e as perguntas oportunas. Esperamos muito em breve encontrá-los em um show da nossa Infallible Tour ainda em 2011, fique ligado no nosso site www.hangar.mus.br.
3 Comentários
Imagine a zorra no busão, deve ser classe a as viagens pros shows =D
ResponderExcluirEu vi um show deles em Itajaí/SC e incrivel como eles interagem com o publico... Depois do Show se aproximaram e bateram fotos com os fãns.
ResponderExcluirDesejo muito Sucesso a eles.
Legal isso, Josiane. Quando entrei em contato com a banda fui atendida de maneira muito simpática, respostas bacanas e que vieram num curto espaço de tempo.
ResponderExcluirEu vi um programa especial deles no Stay Heavy, mostraram o bus por dentro, deveras legal. Ganhei um respeito a mais por eles após essa entrevista.
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