Salve galere, demorou mas está saindo o segundo Waka Review, o review "polêmico" que escreve o que ouviu dos álbuns analisados. Hoje iamos para o outro lado do globo mas, como estou terminando de tirar uma música dessa banda, vamos falar dela. A música não é desse álbum, ela teve videoclip recentemente, ok, já sabe qual é.

Hoje o álbum escolhido foi o Destructive Device, da banda paulista de Prog Metal, MindFlow. Foi lançado em 2008, e teve um ótema, arte gráfica. É dito e notório que eles investem bonito na banda, e convenhamos, vem compensando. Se retornou ou não, já não é da conta desta coluna. É tido como O álbum da banda, realmente parece ser mas, não afirmo isso por não conhecer os antecessores (mas fontes seguras de Águas de Lindoya confirmam). Sem delongas vamos ao review.

Unlock your Mind, are you ready to know?


01 - Destructive Device: a primeira faixa sempre deveria ser o cartão de visita. Não um simples cartão, mas sim um cartão voadera de visita (assim como Carry On). A faixa título, faz jus a isso e parece que não será grandes coisas, isso dura poucos segundos. Quando a paulera começa, já sabemos que a música é fyoda e, bate de frente com muitas músicas conhecidas de fora. O pré refrão tem um riff animal, que eu me mato até hoje pra pegar a sequência e o tempo que está, maldito Rodrigo Hidalgo. O refrão já mostra o porque MindFlow, gruda na mente fácil.

A música tem uma temática séria, mas isso não a tornou digamos, "reta e pesada e chata". Ela tem o peso para ser metal, e o andamento para ser prog ou seja, na mosca. Rafael Pensado e Ricardo Wynandi, tornaram a cozinha awesome na música. É um dificil bom para os músicos (digo nós meros mortais anonimos, dica).

Apesar de não ter solo, a música é muito boa e faz o álbum começar bem. Nota: 10


02 - Lethal: a música começa com um pequeno suspenso, até que entra a guitarra puxando um riff e, ao entrar o resto da banda, começa as quebras de ritmo. O canto é levado por licks da guitarra, algo bem interessante quando bem feito, e é o caso. O refrão é um pouco mais 'tenso', deixando um mistério no ar com a sequência de power chords.

Após o segundo refrão, há ma pequena mudança e a banda segue riffando por um instante, e volta a porrada coletiva. Uma troca bem interessante que leva outra sequência. Certamente teríamos um solo, mas a impressão que tenho é que Hidalgo não é muito de aventurar em solos, porém deveria visto que fez em Break me Out.

Os riffs são letais e o refrão climatizado, muito bom. Nota: 7,5

03 - Breaktrough: e chegamos a primeira balada do álbum. Começando com dedilhado no instrumental e vocal calmo indo a algo triste, sim, temos história vindo. Sem dúvidas, Breaktrough é uma das mais belas baladas prog existe. A música torna isso possível por várias características da banda nela, como o vocal de Danilo Herbert carregar as emoções certas pra cada momento dessa história. Os riffs certeiros de Hidalgo (ele não sola mas faz belos riffs para "compensar"). A cozinha novamente mantém um trabalho sugoi, porém sem tantas quebras, o que não é desmerito.

É típica música que você coloca pra repetir sem nem se dar conta e, fica cantando/assobiando o refrão direto, em tudo quanto é canto ou seja, a música é florida. Até aqui temos músicas com elementos fazendo jus ao nome da banda. Única coisa que acho fail, são os efeitos dos tiros no fim do clip, veja vcê mesmo. Nota 9,5


04 - Under an Alias: porrada do ínicio ao fim, Under An Alias tem um "Q" mais hard n heave. Riff mais "redondo", trocas de distorção de som limpo. Não se deixe enganar pelas quebras, que alias, Pensado as faz de forma primorosa, grande parte das músicas literalmente estão em suas mãos.

Sinceramente, esse lado meio hard rock me agradou (ah vá, é mesmo hard-rock boy?) e, uma das virtudes do Prog Metal é o som não ter um rotulo gritante, ou você consegue identificar na hora uma banda prog? Não vale esperar a meia hora de música pra dizer que é prog ... Nota: 8,5

05 - Inevitable Nightfall: começa com um ar de "Teatro do Sonho". Apenas começa mas, já o suficiente para chamar atenção de xiitas (oh shit, acho que cai na própria teia ... ou não *troll face*). Se Under An Alias estava indo pro lado hard rock da força, aqui temos mais presença heavy metal regada à muito contra-tempo e quebra totally progressivas. Break! Combo Breaker! Isso define a música! Nota: 8

06 - Said & Done: com um riff "simples" e legal, começa a música que tem um ritmo aceleradinho no canto com nitidamente as notas da introdução de Breaktrough rolando junto. Pode isso, Arnaldo? Pré-refrão pesado com viradas rápidas e 'violentas' levando à um refrão que fica mais em notas de preparo, aguardando o momento de atacar o riff que volta ao canto. E sim, as notas de Breaktrough acabam tirando um pouco da atenção, qual será a idéa delas ai?

Lembra o que eu disse de prog metal e som rotulado? Aqui temos um bom exemplo de que não tem como rotular um som prog, só nota-se que é prog ouvindo tudo e prestando atenção. Muitos podem ouvir essa música e pensar que é uma banda de power metal (melódico?). Então, cantarole o refrão de Breaktrough e vamos a próxima. Nota: 8,5

07 - Fragile State of Piece: o 'crássico' pianinho puxando belas notas, criando um clima para batalha, é épico (porque Epica é banda de menina). Aqui Rodrigo Hidalgo coloca um riff mais simples porém, cai muito bem a música. O canto é levado pela batera quase toda reta e o baixo tendo seu destaque (claro, a guitarra tá zerada haha!). O refrão é simples e bem harmonizado no backingvocal.

Estamos na sétima música e até agora, nenhum solo solo de verdade. Apenas momentos da banda riffando, são legais mas, solos fazem falta. As músicas, sempre têm "algo que compensem" a falta de solos, em sua maioria climatização. Fragile State of Piece, é boa e um solinho, cairia bem nela. Nota: 8

08 - Not Free Enough: opa, tá ouvindo? Yeah, continua sendo MidnFlow (não tenho culpa se você se empolgou e pulou da cadeira gritando "Uh Lady Gaga"). Introdução perfeita, uma bela duma voadera na cara, sem mais! Novamente, o teclado vai tendo seu destaque, com uma bateria tranquila fazendo quebras leve.

A música fica em um loop bom, vai variando a quebra que, apesar de continuar simples está muito "ai sim fomos surpreendidos novamente". O refrão é bem simples em termos de instrumental e, após o segundo refrão, vem uma bela passagem indo do alegre, tragíco e esperançoso som. O teclado mantém um belo som, escolha filaputamente perfeita das notas. Após 7 músicas, Hidalgo ameaça uns licks, eles fican de fundo mas, já é o mais próximo de um solo extremamente curto, no álbum. Nota: 8

09 - Inapt World: com a introdução me lembrando Take the Time na "hora do rush", não restam dúvidas de mais uma influência Dtniana no progworld. Dá para classifica-la como power balad, é justo. Seu refrão é bonito e o canto é levado com o teclado e dedilhado da guitarra. Até que uma música simples, se é que existe algo simples em prog metal ...

Na reta final, a música ganha peso e velocidade, ficando frenética. Não disse que não há nada simples, em prog metal? Destaque para seu encerramento, muito digno! Nota: 7,5

10 - First Things First: momento Jogos Mortais. Sério, até hoje não entendo o papel dela no álbum. Temos um dentista/médico/whatever louco, com uma furadeira em mãos e uma mulher como vítima. Dá para entender tudo que ele diz, com calma mas ... nunca consegui ouvir tudo lol. Nota: 666

11 - Shocking Deathbed Confession: e chegamos ao momento PROG!!! Onze minutos de música Manolos, agora sim! A música (música?) bizarra serve de ponte para essa e, se você já ouviu Wait for Sleep seguida de Learning to Live, vai notar que a passagem é tão natural quanto. A música começa na porrada e modera um pouco. Um merecido destaque pro momento de quebra continua, uma bela aula na música.

Aos 4:30 temos uma passagem bem orquestrada, riff mantendo o suspense, cozinha quebrando mais que Street Fighter no bonus do carro, e o teclado fazendo sua festa. É notório nessa aprte um timbre DT e até uma levada parecida. Influência? Capaz, novamente.

Com 11 minutos de música, meu pedido foi atendido, finalmente SOLO na música. Ok, foi o teclado, mas foi solo, po! Sem palavras para continuar o resto da música, apenas curta a obra. Nota: 9

12 - The Screwdriver Effect: encerrando o álbum, temos o tiozin louco novamente. Aqui ele diz os nomes das músicas no meio de seu discurso. Eu não gosto de suas aparições. Nota: 6

E chegamos ao fim de mais um review. O que digo sobre o álbum? bem. É bom, álbum, o que estraga, ao meu ver, são as partes do tiozin louco. No mais, Destructive Device merece estar na sua coleção de CDs (CDs não download... mas pode baixar do site deles se tiver as músicas, RA!).

Nota final: 8,04