Eu tinha muita expetativa em torno desse álbum novo da Tarja, motivo? Ela e o brasileiro Andre Matos (dois dos cantores que eu mais gosto) estão seguindo caminhos muito parecidos: originalmente envolvidos com música clássica, se envolveram com o heavy metal, e após sairem dos vocais de bandas onde fizeram muito sucesso, estão dando seus passos solo.
Andre lançou Mentalize, um dos 3 melhores cds do metal brasileiro em 2009. Tarja passou mais tempo produzindo e criando o conceito do cd que mais tarde nós conheceríamos por What Lies Beneath.
Até que enfim ele passou pelos ouvidos de quem vos fala.
Caso você esteja procurando a grande inovação musical do milênio, ou estiver cheio de uma mentalidade implicante que não lhe permita entender o que continuarei falando, não ouça esse álbum. Eu sempre digo que á uma diferença entre o não gosto e o é ruim.
Mas se você estiver curioso a respeito desse lançamento, fique comigo.
Vou tentar dar uma ajuda com essa resenha.
O álbum em si é muito coeso se comparado ao seu antecessor, My Winter Storm. Se esse ainda carregava uma sensação de que o som era perdido (entenda-se aqui como sem foco), Tarja agora está desligada de seu passado, e mostra isso com um cd que um ouvinte mais atento vai identificar que é a cara dela.
Vocais reorientados alternando entre um pouco do lírico e do popular (a chamada "voz de cabeça"), chamam a atenção em faixas como Anteroom of Death e o cover da banda Whitesnake, Still of Night. As orquestrações, estão ali bem trabalhadas, e os elementos pesados como baterias e guitarras simplesmente ganharam vida.
As guitarras -ou a falta delas- que também foram uma das principais reclamações dos fãs no começo da carreira da cantora, agora não dão chance para reclamação. Basta ver em Falling Awake, que conta com a participação ilustre de Joe Satriani.
Se formos falar de participações, mais duas precisam ser destacadas, pois muito me chamaram a atenção: a banda de a cappella metal Van Canto dá o tom meio medieval / Diablo Swing Orchestra em Anteroom Of Death, e o vocalista da banda All That Remais (Phil Labonte) solta seus gritos em partes de Dark Star. Minha segunda música predileta do cd.
Por fim, é um dos melhores lançamentos que eu tive a oportunidade de ouvir em 2010, e um dos cds cujo som combina mais com o meu atual estado de espírito. Minha única reclamação é que a versão fina de Falling Awake tem uma guitarra distorcida demais. É que eu gostei mais da versão do single.
E sendo assim, espero que você que leu tenha gostado dessa breve resenha. Como a versão que eu ouvi incluia as bonus tracks, e muitas das minhas impressões estavam ficando repetidas (quase sempre destacando as mesmas coisas em cada faixa), optei por algo mais exuto.
-Tracklist
1. "Anteroom of Death (Feat. van Canto)" 4:41
2. "Until My Last Breath" 4:24
3. "I Feel Immortal" 4:35
4. "In for a Kill" 4:35
5. "Underneath" 5:27
6. "Little Lies" 4:37
7. "Rivers of Lust" 4:24
8. "Dark Star (Feat. Phil Labonte)" 4:33
9. "Falling Awake (Feat. Joe Satriani)" 5:14
10. "The Archive of Lost Dreams" 4:49
11. "Crimson Deep (feat. Will Calhoun)" 7:35
-Faixas bonus
Edição americana
8. "Montañas de Silencio" 4:25
Edição deluxe
1. "We Are" 4:16
2. "Naiad" 7:19
3. "Still of the Night" 6:33
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