A medida que avançamos na Fase 3 da Marvel, entramos um pouco mais no outrora ignorado lado cósmico das histórias: é o esperado de Guardiões da Galáxia 2, enquanto Doutor Estranho promete uma experiência bem visual nesse sentido. Capitã Marvel deve ir por esse caminho e até Homem-Formiga deu um alô ao Reino Quântico/Microverso.
Mas e Thor: Ragnarok?
Já sabemos que o filme também vai seguir essa linha, e embora a política de privacidade da Marvel não deixe vazar detalhes da trama, uma coisa é certa: não espere que o longa seja igual aos seus antecessores. O que é bom de saber.
Recentemente o diretor Taika Waititi conversou com o Polygon e revelou que a história sofreu muitas mudanças, mas que os tais "elementos de camaradagem" entre os dois Vingadores ausentes em Guerra Civil irão sim existir:
"É difícil dizer o que o filme é porque ele está mudando. A trama mudou e o script mudou. Existem elementos de camaradagem entre o Thor e o Hulk, mas quem sabe o que o filme será no final."
Waititi, logo depois disse que esse poderá ser "um dos maiores e mais diferentes filmes da Marvel até agora," e rasgou elogios à confiança recebida de Kevin Feige, que embora seja o produtor executivo, permitiu o diretor ter "a liberdade criativa de fazer o que ele quisesse," justo o que levou Ava DuVernay a não dirigir Pantera Negra, mas que tem sido motivo do sucesso dos irmãos Russo.
E falando em liberdade criativa, o diretor tocou num ponto chave que fez a pessoa que vos fala levantar as orelhas em sinal de atenção: a diversidade do elenco.
Em entrevista ao Comic Book Resources, Waititi falou sobre a abordagem ao material original da história -o Ragnarok, o apocalipse nórdico- e porque Tessa Thompson foi escalada para ser a Valquíria, uma heroína que tradicionalmente é branca.
"Desde o começo nós quisemos diversificar o elenco, e isso é difícil quando você está trabalhando com vikings. Você quer ser mais inclusivo e oferecer uma representação mais ampla. E nesse ponto, você tem que olhar para o material de origem como uma inspiração muito livre, assumir daí e ir com coragem. Diga 'Quer saber? Nada disso importa. Só porque a personagem era loira nos quadrinhos. Isso não importa. Isso não é sobre o que é ser a Valquíria. As pessoas esquecem disso."
Não vou negar: passo longe de gostar do Thor, mas saber disso é animador. Seria a Marvel finalmente se adaptando às mudanças e enxergando esses públicos tão esquecidos? Digamos que sim. Mas Taika Waititi reconheça o desafio disso.
"Fãs mais tradicionalistas vão dizer; 'Isso não está igual aos quadrinhos,' mas assim que eles assistem ao filme, e estão envolvidos com a história, o que está acontecendo, todo mundo esquece. O fato de termos que ter essa conversa é ridículo, porque nós continuamos esquecendo. Eu penso que a história é o rei, e você quer a melhor pessoa para o trabalho. E Tessa foi a melhor pessoa."
Em acréscimo à Tessa Thompson, e claro, Chris Hemsworth, o elenco de Thor 3 contará com Tom Hiddleston (Loki), Cate Blanchett (Hela, a vilã e deusa do submundo), Karl Urban (o vilão Skurge), Jeff Goldblum (Grão Mestre) e Mark Ruffalo (Hulk).
Natalie Portman (Jane Foster) e Stellan Skarsgård (Erik Selvig) são os personagens humanos ausentes, o que é justo, já que o filme irá passar pouco à nenhum tempo em Midgard.
É muito cedo pra dizer qualquer coisa definitiva, mas é certo que Taika Waititi tem um desafio grande de contar o maior momento da mitologia nórdica de forma criativa e ainda assim dentro do contexto. Ainda (parece que) teremos até um pouco de Planeta Hulk! Mas pelo menos por hora a expectativa é boa.
Thor: Ragnarok estreia em 25 de outubro de 2017.
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