Sempre me divirto quando olho para trás e vejo como eu era hater e chata quando o assunto era death melódico. Eu era uma fã hardcore e quase bitolada do sinfônico female fronted e do power melódico, então mesmo que eu me incentivasse a não pensar assim... Vira e mexe uma boa parte do tempo eu achava que não existia mundo além disso. E que bom que eu me enganei!

O Monday Metal da vez saiu tarde, sim, e eu peço desculpa, pois eu ainda continuo doente. Argh. E nessas horas assim, de maior fragilidade, eu acabo me lembrando dos sons mais introspectivos, que combinam com o ritmo de fossa e/ou devagar, então cair de para-quedas em "Where The Last Wave Broke" do Insomnium foi dois pulinhos.

Aprendi a gostar muito do death melódico por um traço que é super presente no som dos finlandeses: o caos que no fundo é cheio de beleza. Você sente o peso das guitarras, a brutalidade do gutural, mas tem o tempero que o vocal limpo aqui e ali proporciona, as letras belíssimas e um soco no estômago quando o lance é refletir sobre as questões existenciais da vida, o que eu não posso nem ver que já adoro.

Não quero falar muito (!), pois a música fala por si só... E eu tô com o corpo como meio que surrado pela Ronda Rousey, por isso a minha capacidade de pensar está meio precária. Então feche os olhos, abra o coração e solte o play:


Letra:

How does it feel?
To welcome the new day
Not worth saving
To fall down on own imprudent acts
The wind answers quietly
Clears the black smoke far thick to see
Unfolds the true nature of man

"And this fire it burns
Consuming us all
Withered garden for posterity
Inheritance in flames"

"When the mankind moves
Rest of the life shakes
All once green turned into stone
Flesh into dust and soil
Where the last wave broke
The shores blazed red
And place once called home
Turned into hall of dead"

How does it feel?
Bite the hand that feeds you
Poison the well that waters you
Prospects made from castles of sand
Legacy in barren land

Breed, greed, bleed
Legacy in barren land
The last wave broke
Prospects made from castles of sand