Eae. Depois de uma semana corrida, onde eu passei mal exatamente no dia de escrever o review, cá estou. Afinal, sétimo episódio de Agents of Shield, sétimo texto sobre a terceira temporada.

Arrisco dizer que é a mais sólida temporada até agora. O crescimento foi meio demorado e às vezes enrolado, mas no geral, a Marvel TV acertou a mão. Em "Chaos Theory" fechamos (?) um arco (Lash), vimos Joey de novo (!), tivemos segredos, lutas, até a quebra de uma Tropa.

Os roteiristas têm trazido com certo sucesso os elementos das HQs para a TV. Não é uma adaptação literal, e ao mesmo tempo não foge 100% do material de origem, o que é um incentivo para sempre que possível, eu pesquisar as origens "quadrinhescas" de certas coisas.

Mas então, vamos lá ao top 5 da vez?



1. Quebrando a Tropa da "Donzela Indefesa"
Eu preciso abrir com isso. Porque ver Bobbi Morse caindo na real e chamando a atenção de Lance Hunter, foi muito bom. Já estava me incomodando demais o comportamento recente dele, que é idiota por padrão, mas é gostável quando é idiota e útil, o que não vem sendo o caso.

Amor? Ok. Mesmo que eu ache "amor" uma palavra surradíssima. Só que de fato, os dois estavam entrando num caminho tóxico de vingança, onde Lance passou a olhar muito mais para o seu sentimento, e esqueceu os da Bobbi. Novidade.

Com isso ela vem e explica: "eu não sou uma donzela indefesa precisando de herói porque surpresa! Eu sou uma heroína. Então mais útil que um pseudo herói morto, é um homem sensato e vivo."

Para as mulheres também teve recado: "você pode ser corajosa e ter sentimentos 'de menina', isso não te torna menos capaz. Ao contrário, torna ainda mais completa."



2. O "romance" de FitzSimmons continua me entediando

Mesmo. Em Chaos Theory pra você ter uma ideia, pulei todas as cenas dos dois a exceção de quando eles vêem o sol nascer juntos, e Fitz descobre uma possível relação entre a NASA e o castelo de Purpose In The Machine.

Você sabe (e se não sabe, já notou) que eu sou de forma quase geral, avessa a ideia de romance na série porque sim, amor é felicidade. Mas quem disse que amor romântico é o único tipo de amor que existe? Não veio isso no meu guia de bolso.

Mas ânimo.. Agents of Shield tem PhD em confundir os fãs, então não sei. Fico muito desconfiada de todo esse tititi entre os dois, da Jemma tão interessada em resgatar o Will, justo quando ela ameaçou incorporar um lado Lara Croft que acrescentaria demais à personagem. Pena. Só resta sentar e aguardar.



3. Rosalind Price deu um nó no meu cérebro

A mulher é Hidra!? Bom, já deu para ver que o Gideon Malicki ela conhece, então as chances são boas. Mas ao mesmo tempo não ficou 100% dito que ela é Hidra, nem 100% do governo e pelo que me consta, quem sabe se a mulher não é agente quádrupla. Só sei que a Constance Zimmer vem matando na atuação.

Rosalind conseguiu (ao que parece) conquistar as afeições do Diretor Coulson, tudo com o objetivo de levá-lo até a boca do lobo onde Ward espera. Coulson vem jogando o jogo, e a prévia do 8° episódio já mostrou que o Diretor não é tão ingênuo assim.

Se ela sabe que ele sabe? Difícil dizer. Entretanto, experiência em traições e afins ele tem de sobra.

Mas eu bem que gostaria de que a Rosalind fosse ao menos uma aliada para o futuro.. Essa jogada do "agente infiltrado" ficou repetitiva depois do Ward, do Mack e da Bobbi.



4. Lash e May: a Bela e a Fera da série?

O destaque é claro que foram os dois. Não sei 100% a história do Lash original, mas o que fizeram na série foi muito interessante e coerente.

Faz sentido que o Andrew seja o Lash. Ele tem histórico negativo com os Inumanos (aka Bahrein) há tempos, então não ficou estranho ele ser "júri, juiz e carrasco", uma frase muito bem utilizada no episódio. Em todo caso, foi até emocionante ver a luta Médico/Monstro do Andrew. Me fez refletir muito sobre questões de humanidade.

E novamente, Melinda May deu espetáculo. Tá que a série continua fazendo dela um saco de pancada emocional, mas o episódio mostrou várias faces da personagem, com direito a cena emocionante onde ela fala sobre a própria morte. Foi de cortar o coração, de querer a abraçar, de aplaudir a atuação da Ming de pé.



5. Manda mais dinâmica entre personagens que tá pouco!

Uma série sobre espiões e agentes que se preze tem que investir nisso: o valor das relações. Boas e más. E Agents of Shield segue explorando isso muito bem. Eu sei (ou torço para) que a Shield volte um dia ao cinema, mas a não-dependência dos Vingadores fez os roteiristas coçarem a cabeça e serem criativos (diferente do cinema), e eu só posso agradecer.

Nota mental: a discussão entre Rosalind e Daisy.. Olar, Guerra Civil.


Assim terminou tudo. Na próxima terça (17) vamos para o oitavo episódio: "Many Heads, One Tale" que aponta fortemente ter a Hidra como tema. E assim ficamos cada vez mais perto do finale do meio de temporada! A promessa é de surpresas ao nível Soldado Invernal, então qual é a sua aposta?

Sólido.
Um episódio tenso e emocionante, cujos acontecimentos prometem se refletir no futuro.

+ A ironia do Lash ser o Andrew
+ O recado de Bobbi Morse ao mundo
+ Humor sob medida
+ Menor foco na Daisy
+ Melinda May cortando corações

- Tensões românticas dispensáveis entre FitzSimmons
- Retorno do Lincoln
- Esqueceram o Stress Pós-Traumático da Jemma?

Prévia do próximo episódio: