Na primeira edição de Atenas eu disse, e agora repito: a mão que produz reboots e remakes continua nervosa, por isso coloque na lista mais um reboot, dessa vez para A Liga Extraordinária (The League of Extraordinary Gentlemen). A 20th Century Fox já havia anunciado o filme em maio desse, mas agora o produtor John Davis confirma que o foco será feminino:
Assim, voltaremos às raízes e faremos disso autêntico, como os fãs estavam animados para que fosse. É centrado no feminino, o que, penso eu, é interessante. Eu amo personagens femininas, o ponto de vista delas em filmes de ação. Acho que você pode sempre encontrar um caminho original e retornar ao básico. O que as pessoas amam?

A pergunta do produtor é retórica e inteligente, explicando (e alfinetando?) que se mantida a essência da obra original, é possível criar o que for que o produto final será satisfatório. O que eu concordo. Com isso o que se deduz de imediato é que a protagonista do reboot será Mina Murray, personagem de Drácula cujo espaço no primeiro filme não foi tão grande. No filme ela teve o nome mudado para Mina Harker e foi interpretada por Peta Wilson.

Causando 0% de surpresa, a reação à notícia foi mista: uns ficaram empolgados com a ideia da nova adaptação, outros temem que o resultado seja desastroso tal como o filme anterior. A Liga Extraordinária, de 2003, teve Sean Connery como Allan Quatermain, Naseeruddin Shah como Capitão Nemo, Peta Wilson como Mina Harker, Tony Curran como Rodney Skinner, Stuart Townsend como Dorian Gray, Shane West como Tom Sawyer e Jason Flemyng como Dr. Henry Jekyll / Edward Hyde.

Eu vi o filme. Não achei uma catásfrofe completa, mas é. Certas coisas ficaram a desejar. Quem sabe o reboot não aprenda com essas lições?