O dia em que eu topei com o cover dessa quinta foi mais ou menos obra do acaso. Você leitor novo ou esquecido talvez não saiba, mas o In Flames tornou-se uma das minhas bandas favoritas depois de eu dizer aqui no blog, mais de uma vez, que eu não gostava da banda. Ah, le ironia. Em 2014 os suecos fizeram pela 1ª vez na carreira um show acústico, mas eu fiquei frustrada, pois o setlist focou as músicas de vocal limpo, quando eu esperava ao menos ver algo ao estilo do Psychotic Eyes.

Pois bem.

Indassim fui procurar os vídeos do show, e claro que digitar "In Flames acoustic" na pesquisa do Youtube não retornaria os resultados que eu queria logo de cara, dá zero pra mim. Mas Deus é justo, e eu achei esse cover deveras legal do Scars of Tears, porque a banda de Kastoria (Grécia) sim, fez algo que eu sempre tive vontade de ouvir: um cover acústico de death melódico, onde os guturais e high pitched screams foram trocados sem dó por vozes limpas.

É super engraçado ouvir uma música rápida e agressiva numa pegada mais suave, vozes macias, cara de Barzinho e Violão Metalhead. Bem diferente. É quase como se mostrasse a base ou "rascunho" do que a "Trigger" original se tornaria. Plus, é uma chance bacana de entender a letra, caso você tenha dificuldade com a pronúncia do vocalista Anders Fridén. (dilema que mesmo eu vivo de vez em quando)

Ah! E se você não conhece a versão original, eu apresento: "Trigger" foi lançada em 2002 pelo In Flames no álbum Reroute to Remain, um dos mais rejeitados pelos fãs, porém um dos álbuns mais interessantes na modéstia opinião da blogueira que vos fala, perdendo apenas para o A Sense of Purpose e o sensacional Siren Charms. O clipe mostra a divertida rivalidade com os conterrâneos do Soilwork, ideia Selo Silvio Santos de Bem Bolado que você entende ao assistir os vídeos de "Trigger" e "Rejection Role".

Veredito? O cover é simples, porém simpático e aconchegante. Vale a pena conferir e sonhar com o dia em que o In Flames vai finalmente seguir a mesma receita.