Dia de estreia, YOLO

O Wakashimazu me deu a missão de estrear a nossa nova coluna: a Cover de Quinta, que tal como o nome diz, vai trazer toda quinta-feira um cover postado no formato do Monday Mito Metal. Para a primeira edição eu escolhi uma banda favorita e especial que coverizou outra banda favorita e muito especial para mim.

A música é "I Can't Dance". Quem gravou a versão original foi o Genesis, uma das bandas mais respeitadas do rock progressivo e das mais populares do pop/soft rock, que eu conheci graças mais aleatório dos motivos: ganhar de presente o vinil original do álbum Invisible Touch, que em 1986 a minha mãe ganhou de presente do meu pai e na ocasião, namorado (RISOS).

Ela gostava da banda, e no dia em que eu ganhei o meu primeiro computador, claro que tratei pesquisar tudo sobre a banda na medida em que a minha conexão discada permitia, me apaixonando pela música como forma de arte. Phil Collins é um dos músicos que eu mais admiro: muitos o consideram um dos músico mais talentosos, outros o rotulam como o cara que arruinou o Genesis, mas a verdade é que ele é dono de um bom humor impagável e uma visão incrível de como criar um espetáculo.

Mas ele não construiu o legado sozinho. Sem Mike Rutherford (guitarra, baixo, back vocais, cítara elétrica) e Tony Banks (teclados, guitarra, back vocais) o Genesis seria só mais um nome que falhou miseravelmente na transição de estilos. Muitos não dão o devido crédito a essa fase da banda, mas as pessoas dizem coisas.

Mais detalhes sobre a banda, é só ver aqui.

Banda apresentada, vamos ao cover: regravada pelo Sonata Arctica, "I Can't Dance" era para entrado no álbum Stones Grow Her Name, o que não aconteceu, porém rendeu pegadinhas para os internautas que tentavam achar a música no Youtube. Agora a música viu a luz do dia com Ecliptica - Revisited, relançamento do álbum clássico dos finlandeses que em 2014 completa 15 anos.

O clipe do Sonata é super cara de vlog, o que podia render um post de reclamações, mas dessa vez eu achei justo. Ele é simples, natural, bobo, mostra certa inspiração no bom humor do Genesis.. Tudo funciona direitinho. Tem até uma referência com a mesa de sinuca, acho eu.

(Assistam os dois vídeos pra tirar a dúvida)

Sobre a música, nada a reclamar: ela tem o equilíbrio saudável entre o peso do metal, e elementos tais como trompetes e trombones, instrumentos muito ironicamente chamados de metais. A interpretação do Tony é certeira, sem erros ou exageros. Esse é o tipo de cover em que a banda coloca a sua marca, porém mantém a alma da banda original.

Veredito? Ouça sem medo.