Um dos hábitos mais torturantes, porém inevitáveis que eu possuo, é acompanhar os comentários dos fãs de uma banda durante o processo de gravação de um cd, bem como alguns dias após o lançamento do mesmo. Você lê muita coisa. Você se irrita e raramente concorda com outras. E foi exatamente o que eu fiz com Sounds of a Playground Fading, assistindo até à mesmo aos In The Studio Episode que foram divulgados no Youtube.
Resumidamente, o disco continua na direção adotada pelo In Flames há algum um tempo: melodias modernas e cativantes, porém com momentos mais pauleira feito The Puzzle e Enter Tragedy. Entretanto, o que mais chama a atenção é o quanto o vocalista Anders Fridén explorou a própria voz. Certa vez li quem defendesse a ideia de que ele deveria de cantar, o que pessoalmente consideraria uma pena.
Gosto da capacidade que Fridén tem em alternar tão sutilmente entre a voz áspera e limpa, e por isso é um dos únicos vocalistas do melodic death metal que eu considero interessantes (o outro é Björn "Strid", do Soilwork) .
● Destaques
Começo com a já conhecida Deliver Us, que possui uma melodia amigável, porém pesada, tornando-se boa de bater cabeça e também para cantar. Já The Attic foi uma surpresa, pois é o momento onde o In Flames pisa no freio e Anders canta a letra bem lentamente -quase falando- acompanhado por riffs de guitarra num estilo meio blues.
Ropes tem seus pontos altos no vocal limpo fazendo boa dupla com a guitarra de Björn Gelotte, enquanto Jester's Door é a faixa mais curta do cd (2:37), seguindo uma linha muito parecida com The Attic.
Agora Anders não canta, apenas lê uma espécie de carta dentro de uma atmosfera sombria. Na parte final da música entram efeitos industriais bem parecidos com o tema de abertura do antigo game Streets of Rage, e esse momento de nostalgia metalhead você pode clicar aqui para curtir no Youtube.
A New Dawn por sua vez é pesada e melancólica graças à presença de um cello, além de ter uma letra muito bacana. Quem encerra o disco é Liberation, música mais lenta, mesmos vocais limpos e de audição muito agradável.
● Conclusão
Sounds of a Playground Fading não é a reinvenção da roda, a tracklist é (ao meu ver) longa demais, porém vale a pena ouví-lo, principalmente por ter uma das melhores (uns dizem que é a melhor) performaces vocais da banda.
A respeito das raras coisas que li e concordei, vale mencionar os fãs que li levantando a bandeira do se você prefere os cds antigos, escute eles e não importune quem também gostam dos cds novos, algo pelo qual eu confesso que não esperava (!). Falando por mim, Bruna, acredito que o In Flames acertou nessa mudança do som, justamente o que acabou chamando a minha atenção.
Nota.: alguém reparou que o relógio da capa está com os números invertidos?

● Formação
Anders Fridén – Vocal
Björn Gelotte – Guitarra
Niclas Engelin - Guitarra
Peter Iwers – Baixo
Daniel Svensson – Bateria, percussão
Johannes Bergion - Cello (em "A New Dawn")
● Tracklist (clique nos links para ouvir as músicas no Youtube)
1. Sounds of a Playground Fading
2. Deliver Us
3. All for Me
4. The Puzzle
5. Fear Is the Weakness
6. Where the Dead Ships Dwell
7. The Attic
8. Darker Times
9. Ropes
10. Enter Tragedy
11. Jester's Door
12. A New Dawn
13. Liberation



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