Adivinhem quem o gato trouxe de volta pra casa? Tremam.

Estou de volta, e com um review particularmente controverso. Falar sobre uma banda como o Trivium é digno de surpresa principalmente para mim, pois não sou adepta das vertentes core. Entretanto, me deixei cativar completamente pelas melodias de Shogun. Álbum que chegou ao meu conhecimento com a exibição do clipe de Throes of Perdition no programa Stay Heavy.


Shogun traz uma combinação contagiante entre melodias, velocidade típica do thrash metal da Bay Area -afinal, qualquer feeling de Metallica no som dos caras não é mera concidência, pois o grupo de James Hetfield se trata de uma das inspirações do Trivum- e a alternância entre vocais melodiosos, agressivos, e até mesmo os guturais (meus eternos inimigos) alcançou um nível de qualidade diferentes dos registros anteriores.

Sim, eu estou ouvindo um álbum repleto de grunhidos e gostando. Panic time.

A abertura nos traz uma das faixas que abordam a antiguidade chinesa, Kirisuite Gomen, uma frase japonesa utilizada por samurais que traduzida aproximadamente nos diz, desculpe por cortar à sua frente. Mais adiante, a sequência que mais me agrada: Down From The Sky, Into The Mouth of Hell We March e Throes of Perdition, sendo que a segunda relata um momento da mitologia grega, as histórias de Ulisses de Ítaca. Creio que esse seja um dos principais pontos após a melodia que me chamaram a atenção, pois também é bem abordado no cd.

Nota da edição: e eu, sou uma grande interessada por mitologia grega desde alguns anos.

Fiquei particularmente impressionada com os vocais limpos de Matty Heafy, apesar dos guturais quase inaudíveis aos meus ouvidos, cujos quais só consigo compreender um pouco melhor com auxílio da letra. Tudo transmitindo um clima de agressividade e beleza.

Para uma banda que conheci esse ano via Last.fm, e sendo catalogada na vertente metalcore, fiquei impressionada do quanto pude gostar de Shogun. Toda a banda foi muito feliz na construção das melodias, na originalidade da composição das letras e até mesmo pelo conceito da capa, que traz uma das artes mais bonitas que já vi o cenário metaleiro-paneleiro lançar. Para mim, é a cereja do bolo do registro? Não. Ainda temos finalizando a faixa-título, com seus mais de 10 minutos de força, palavra-chave de toda a tracklist. Agora sim.

Nota 9.0. Não costumo dar 10.0 para nenhum álbum de maneira geral, então considerem isso um "notão". Por fim, recomendo a audição, e desde já fiquem com alguns clipes do cd, que estarão linkados nos nomes das músicas ao final do post:

Formação:
Matt Heafy - vocais e guitarra
Corey Beaulieu - guitarra solo
Paolo Gregoletto - baixo
Travis Smith - bateria, percussão

Faixas:
1. Kirisute Gomen - 6:26
2. Torn Between Scylla and Charybdis - 6:49
4. Into the Mouth of Hell We March - 5:51
6. Insurrection - 4:56
7. The Calamity - 4:57
8. He Who Spawned the Furies - 4:40
9. Of Prometheus and the Crucifix - 4:40
10. Like Callisto to a Star in Heaven - 5:25
11. Shogun - 11:53