Nessa sexta (3) eu tive a chance marcada nas estrelas de assistir Sonic Boom, o desenho que eu tinha avisado nesse post que estrearia em 5 de junho no Cartoon Network Brasil. Pois bem. Após dois episódios assistidos, o que pode não parecer muito, achei uma boa ideia deixar os meus dois-nem-tão-longos centavos sobre a produção da Sega.

Não espere nenhuma profundidade filosófica e momentos espirituais. Nah. Sonic Boom correspondeu aos meus palpites e expectativas ao mostrar que é um desenho estereotipado, porém agradável de assistir. É basicamente seguir a lógica de Sonic nos videogames, onde os papéis de vilão, mocinho, donzela, chegam todos definidos, mas isso não impede de você gostar dos games e ter a franquia como uma das suas favoritas (ao menos no meu caso).


O desenho é visualmente muito bonito e nos moldes do game, de mesmo nome. Nós já conhecemos o ouriço azul feito em computação gráfica, então nada disso surpreende ao ponto de dizer oh meu Deus, destruiram a minha infância. Por sua vez, os cenários e personagens tem o traço bem "redondo", característica que eu reparo bastante nas produções americanas, enquanto o traço japonês é mais "pontiagudo" e agressivo. Não é um defeito, é mais uma característica interessante mesmo.

(Lembrando que a co-produção é da Sega of America com a OuiDO!)

Voltando a parte da trama/enredo, digo e repito: não espere profundidade. O desenho foi criado tendo como público alvo crianças entre 6 e 11 anos, então se eu e você, na casa dos 20 e poucos anos assistirmos e gostarmos é lucro, porque não somos o foco. O que ainda assim não é problema quando você pensa que o Pingu, um desenho extremamente simples onde nada faz sentido, é super querido pelos marmanjões.

Se você perder um ou dois ou vários episódios de Sonic Boom, não vai ter problema de perder algum arco de história em especial, porque as histórias não tem enredo linear, ou seja, elas começam e terminam no mesmo episódio, que sempre tem 11 minutos de duração, envolvendo ação, comédia, e focando em Sonic, Amy Rose, Tails, Kuckles, Sticks, Dr. Eggman (o eterno Robotinik) e outros inimigos, alguns novos, outros similares aos dos jogos. Num dos episódios que eu vi, apareceram aquelas joaninhas clássicas de Sonic 1.


A identidade visual dos personagems é inspirada nas habilidades originais, mantendo a personalidade e o nexo com o universo dos games, então você tem a Amy com o famoso martelo rosa e o Tails, com óculos de aviador e vira e mexe rodeado de bugingangas, como bom inventor (embora nunca acerte de primeira) que ele é. Mesmo o Sonic mudou, agora mais alto e usando lenço no pescoço, além de umas faixas na mão feito os lutadores de boxe (mal comparando).

E o Knucles... Bem. 

Esqueça o equidina que se não me engano estreou lá em Sonic 3. Ele ficou bem mais alto, bem mais forte e bem menos inteligente, as interações dele sempre são as mais engraçadas, principalmente com o Tails. A mudança rendeu memes e zoeiras infinitas na internet, porque realmente, não tem como não dizer que o Knuckles não passou pela fábrica de monxtros. É risada à primeira vista, o personagem que eu mais gostei.


Se eu posso fazer o paralelo estranho (?), Sonic Boom é um "Backyardigans nerd", onde tudo é muito colorido, não tem sangue, existe sempre uma lição de moral aqui e ali, tem aventura, humor, e às vezes nós, público mais velho, vamos lembrar dos jogos antigos. A dublagem é boa, as vozes são adequadas aos personagens, inclusive com o dublador original do Eggman, lá de Sonic X e Aventuras de Sonic The Hedgehog.

Vale a pena ver Sonic Boom? Vale, e ajuda o fato do Cartoon Network só exibir 1 vez na semana (toda sexta às 16:30) É legal para assistir na pausa do lanche ou do almoço, se você estiver à toa e tal. O desenho tem 52 episódios, e como pelo visto estão sendo exibidos 2 por sexta-feira, ainda tem um bocado de episódios para quem não assistiu, assistir.

Rodapé: para mais informações eu recomendo o Power Sonic, um dos melhores e mais antigos sites sobre o ouriço na internet.