sdds Deprêshow, sdds Quinta Categoria, sdds Comédia MTV
Hoje eu começo o Post de Quinta mais maluco que já saiu nos cinco anos de blog. Eu acho. Como a coluna é um tipo de editorial e não tem restrição de assunto, vale tudo: música, nerdice, games (...) ou os assuntos de bastidores, sobre como é fazer o blog funcionar e incluir ele na nossa vida.
Pois então. O post da vez é uma pergunta com milhares de respostas que renderiam uma monografia inteira (sorte que eu já passei disso), e nenhuma é definitiva:
Vale a pena ser blogueiro(a)?
Abrindo o jogo
Sinceramente? Eu faço essa pergunta desde o começo. Várias vezes eu falei sobre a minha "estreia" aqui: do era uma vez eu, leitora que logo entrou para a equipe de duas pessoas, porque o restante literalmente debandou pouco antes. E é legal ver a transformação que aconteceu durante o tempo: layout, nomes de colunas, ideias indo e vindo e principalmente.. O conteúdo. O quê falar e como falar. Ele amadureceu e eu amadureci junto.
Digo, repito e insisto que eu acredito na filosofia de fazer conteúdo com os leitores: pensando com a cabeça de um leitor, conversando com o leitor, sendo cuidadosa com os assuntos, uma coisa mais de coração pra coração. Eu não sou superior a você, afinal nada disso foi planejado, mas depois que aconteceu, fui pra galera.
Isso criou um problema. Criou e cria, porque nem todo mundo entende a minha abordagem. Ela não é muito comum na música, acho. Em outros nichos ela é mais fácil de ver, como por exemplo no site Garotas Geeks onde o conteúdo é jornalístico, mas a forma como as meninas passam a informação é muito mais simpática do que um Terra ou G1. O Garotas Geeks, aliás, tem sido uma das minhas inspirações na hora de escrever. Nem sempre os assuntos que elas falam me interessam, mas eu gosto da forma na qual elas escrevem. É interessante.
Já a outra inspiração, acredite se quiser, é a IGN. Facilitou ainda mais agora com a chegada da IGN Brasil. A história da IGN é muito boa, de como um site sobre games se tornou um dos maiores portais de entretenimento da internet. Isso tem inspirado outra mudança ainda maior aqui no blog. Aquela mudança que infelizmente eu não posso contar/explicar/revelar. Ainda. Até a forma tendenciosa deles escreverem serve como exemplo. (do que não fazer)
Só que ao mesmo tempo essa mudança de hábito me preocupa. Motivo? O leitor de música ainda está preso a certos padrões. O jornalismo musical ainda está preso a certos padrões, embora a culpa não seja 100% dos jornalistas. Também é culpa dos leitores, porque eles não percebem que têm nas mãos a maior arma da internet: o acesso. Porque se você não gosta que o site X viva falando de banda Y, ou não aguenta mais o site Z martelando uma polêmica que já morreu há muito tempo...
...Vá embora. Não continue acessando, não continue comentando nem compartilhando os links nas redes sociais. Suma. Pare de curtir a página, delete o site dos favoritos, limpe o cache do navegador. Porque se nós começarmos a esquecer os sites que não agradam, derrubarmos o número de views e começarmos a procurar outros sites... É meio difícil que ninguém vá pensar numa ideia pra mudar isso.
Só que ao mesmo tempo essa mudança de hábito me preocupa. Motivo? O leitor de música ainda está preso a certos padrões. O jornalismo musical ainda está preso a certos padrões, embora a culpa não seja 100% dos jornalistas. Também é culpa dos leitores, porque eles não percebem que têm nas mãos a maior arma da internet: o acesso. Porque se você não gosta que o site X viva falando de banda Y, ou não aguenta mais o site Z martelando uma polêmica que já morreu há muito tempo...
...Vá embora. Não continue acessando, não continue comentando nem compartilhando os links nas redes sociais. Suma. Pare de curtir a página, delete o site dos favoritos, limpe o cache do navegador. Porque se nós começarmos a esquecer os sites que não agradam, derrubarmos o número de views e começarmos a procurar outros sites... É meio difícil que ninguém vá pensar numa ideia pra mudar isso.
Quando você vai embora, você estimula a concorrência saudável, obrigando os responsáveis de um site a analisar o novo comportamento do público e entender "por que eles deixaram de acessar o nosso site se nós fazemos isso há tantos anos?"
Vai ver que é por que o público cansou?
Por que ele quer novidade?
Por que ele pegou raiva do seu site?
Agora se você não vai embora.. O seu acesso incentiva o site ruim a manter a postura ruim, e quando ele vai mudar? Nunca. Se os acessos não caem, não tem motivo pra mudar.
Vai ver que é por que o público cansou?
Por que ele quer novidade?
Por que ele pegou raiva do seu site?
Agora se você não vai embora.. O seu acesso incentiva o site ruim a manter a postura ruim, e quando ele vai mudar? Nunca. Se os acessos não caem, não tem motivo pra mudar.
O jornalismo musical é feito de uma maneira burra
Tem uma frase do Frank Zappa e eu acredito 500% nela:
"Um repórter de rock é um jornalista que não sabe escrever, entrevistando gente que não sabe falar, para pessoas que não sabem ler."
É exatamente isso. Todo mundo nessa salada tem culpa. Eu tenho culpa. Eu não sei escrever. Todo dia eu me esforço para descobrir a forma mais legal de conversar com você e fazer você ficar no blog por ao menos 5 minutos, até porque eu me considero muito mais leitora do que jornalista, porque nem isso eu sou.
(sou formada em publicidade)
Eu vivo a sua "dor" de acessar um site bagunçado, que não é atualizado há dias, que posta notícias antigas como se fossem novas, onde a zona de comentários é realmente uma zona. Mas eu acredito em ideias que podem mudar o rumo desse jornalismo musical tosco, onde um site cospe uma notícia e 30 sites que podiam transformar a notícia em algo diferente, preferem cospir ela mais uma vez.
(sou formada em publicidade)
Eu vivo a sua "dor" de acessar um site bagunçado, que não é atualizado há dias, que posta notícias antigas como se fossem novas, onde a zona de comentários é realmente uma zona. Mas eu acredito em ideias que podem mudar o rumo desse jornalismo musical tosco, onde um site cospe uma notícia e 30 sites que podiam transformar a notícia em algo diferente, preferem cospir ela mais uma vez.
É por isso que eu tento não fazer isso.
Ok, é verdade que às vezs é impossível. Falta tempo. Não dá pra escrever notícias sobre 5 vertentes do metal, explicadinhas nos seus mínimos detalhes, traduzir e tal. Lá no começo do blog eu pensava que sim, aprendi a lição da forma difícil. Não é que sim nem que não, depende de como você se planeja: as vertentes que você quer cobrir, as bandas que você acha legal falar sobre, releases, dá pra achar um meio termo entre cospir notícia e "fazer poesia."
Mesmo que a sua equipe seja pequena. Aqui são duas pessoas fazendo tudo que um site grande, com equipes maiores faz. Eu vivo me desdobrando em 30 entre gerir redes sociais, produzir vídeos, manter contato com bandas e assessorias, editar layout, corrigir bugs, pensar em formas de deixar o trabalho mais fluído porque além do blog, nós temos uma vida. Sim! Mesmo que você me veja como autora da maioria dos posts, eu tenho uma vida. (!)
Ser blogueiro é fácil? Depois disso tudo dá a entender que eu acho que não. Certo? Certo. Porque não é mesmo. O Padre Fábio de Melo me entenderia. Sensacionalismo e demagogia me dão nos nervos, falta de profissionalismo mais, porque eu acho que não importa se a sua hospedagem custa 200 reais ou se é .blogspot.com. Se você colocou a mão na massa pra produzir informação, faça isso de uma forma decente. Menos burra.
(A segunda parte desse texto você confere na semana que vem)
(A segunda parte desse texto você confere na semana que vem)
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