Durante a semana aconteceu mais uma mudança marcante na cena female fronted: Angela Gossow anunciou a saída dos vocais do Arch Enemy após 12 anos, passando o posto para nada menos do que Alissa White-Gluz, que por tabela também deixou os vocais da agora antiga banda, The Agonist.
Tal como o esperado a comoção foi imensa, defensiva e duvidosa quanto aos rumos da banda, de maneira que muita gente simplesmente ignorou o fato de que a Angela disse no mesmo comunicado que era um afastamento do posto, mas não da banda. Ela agora é manager.
Sendo assim, você me pergunta...
Por que escrever o primeiro post sobre Arch Enemy justo agora?
Por que escrever o primeiro post sobre Arch Enemy justo agora?
A resposta é simples: porque eu sou Maria-vai-com-as-outras. Descobrir que a Alissa tinha mudado de banda, e mudado para uma banda na qual eu nunca tinha me interessado antes deixou uma curiosidade enorme no ar, pois eu já a acompanhava no The Agonist e mais recentemente no Kamelot, então sempre soube do seu potencial.
Entretanto, amigos, o real motivador do post que vos fala tem nome e sobrenome: War Eternal.
O vídeo acima teve a assinatura de Patric Ullaeus, que confirma que leva jeito ao menos para fazer imagens clipes focados apenas em bandas, sem produção ou conceitos muito elaborados. Já Alissa mostra beleza, estilo e voz marcante, tal como também era de se esperar. Os outros integrantes também fazem um trabalho fantástico na construção da melodia, que é virtuosa, empolgante e pesada.
E foi desse jeito que eu, sem nenhuma vergonha fiquei interessada em ouvir o novo álbum que a banda irá lançar, o War Eternal. Não porque tem uma ideia elaborada por detrás das letras, ou porque eu sou trevosa, ou porque qualquer motivo muito lógico e bem explicado.
Verdade seja dita, vou sentir falta das passagens de vocais limpos que ela produzia no The Agonist, pois o seu vocal limpo é um dos mais bonitos na cena. Será que um dia veremos isso se repetir no Arch Enemy? Mistérios que vão permanecer misteriosos por um tempo, para o bem de evitar que eventuais extremistas venham atrás de mim com tochas e foices nas mãos.
Tudo isso porque sim, de todas as consequências da dança das cadeiras a que mais tem me agradado é, ironicamente, os fãs, em especial aqueles que estão espalhando o ódio a uma única música, que pode nem refletir o geral do álbum em si. Isso acaba só reforçando a minha teimosia de que quanto maior a repulsa por uma música ou banda, mais eu acabo gostando.
Mas antes de vocês, seguidores das khaos legions de longa data, acharem que eu sou uma grosseira extreme, reconsiderem. Eu entendo perfeitamente o desconforto com uma mudança tão radical após anos, a sensação de estar na defensiva, mas vejam, a situação só oferece duas alternativas: o apego ao passado, ou a esperança no futuro.
Sem meio termo.
Esse será um ótimo desafio pra Alissa, que tem sapatos de chumbo pra calçar, desconfianças, preconceitos, a vencer, pois quem conhece a canadense mesmo que um pouco, sabe que ela é boa de briga, não se deixa intimidar por um mero argumento misógino (feito eu já li por aí).
Se eu vou me tornar fã do Arch Enemy, se eu vou passar a acompanhar a banda, se eu vou desbravar os CDs anteriores, eu não sei. E nem me interessa saber de imediato. Tudo o que me interessa é que o Arch Enemy resgatou por um instante o simples prazer que eu tinha de ouvir música só por ser boa, sem ter que arrumar uma explicação extremamente pessoal pra justificar a escolha.
Eu gostei porque gostei, e ponto.
1 Comentários
Eu não gostava de Arch Enemy até ouvir essa música. Amei a voz da Alissa, e o solo dessa música.
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