Quando soube que as gravações do sucessor do In Waves começariam cerca de um ano após o disco ter sido lançado, fiquei apreensiva. A indústria fonográfica está longe da estabilidade, por isso ideias assim são no mínimo corajosas, pois necessitam de planejamento, e não são todas as bandas que tem solidez para se dar a esse luxo. Mesmo assim a aposta deu vida a Vengeance Falls.
O sexto disco de estúdio do Trivium distancia-se da influência thrash/oitentista do começo da carreira, e faz um forte mix de peso e modernidade (essa cada vez mais presente), com riffs escritos de maneira a não se repetirem, criando uma alternância que torna as músicas bastante dinâmicas e fáceis de se absorver.
Entretanto, a facilidade poderia tornar o disco enjoativo criar o efeito inverso: as dez faixas mostram ter uma ótima continuidade, fazendo com que a audição flua naturalmente e você mal perceba o momento em que a última música termina de tocar. Dai você ouve o disco mais algumas vezes e no fim das contas, as melodias e refrões estão incrivelmente bem decoradas.
Um ponto polêmico (e talvez o maior) do processo de gravação de Vengeance Falls ficou com a produção, responsabilidade de David Draiman, frontman do Disturbed e Device. Nem todos gostaram disso, mas esse é um dos meus pontos favoritos e uma certeza: é impossível não dizer que David deixou a sua marca.
O som do Trivium está menos core, as músicas tem screams em momentos mais isolados, e são as linhas vocais de Matty Heafy que mostram a maior diferença: o estilo Hetfield-esco adotado pelo vocalista ainda está presente, porém divide espaço com o fraseado nitidamente "herdado" de Draiman.
Tal fato permitiu a Matt ter uma performance acima da média, explorando mais da sua voz nos momentos agressivos, emotivos, nos gritos, e até usando tons pouco exploradas feito o grave fantástico no início de Wake (The End Is Nigh).
Destaques
Strife (faixa favorita): a melhor definição para o riff abre alas é épico. Strife é onde a voz de Matt mais demonstra a inspiração em Draiman, um choque inicial, porém a cada audição a música fica ainda melhor. A letra profunda e atual ganha um peso extra com a super harmonia entre vocais e back vocais;
No Way To Heal: Nick Augusto brilha em como conduz a bateria. Splashs constantes, batidas marcantes, sem ofuscar a ninguém. Entretanto, quem chama a atenção é Paolo Gregoletto e seu baixo, que desenvolve notas altas (!) e belíssimas, principalmente na ponte antes do refrão;
Conclusão
Formação
Matt Heafy – guitarra, vocais
Corey Beaulieu – guitarra, backing vocal
Paolo Gregoletto – baixo, backing vocal
Nick Augusto – bateria, percurssão
Tracklist
1. Brave This StormO sexto disco de estúdio do Trivium distancia-se da influência thrash/oitentista do começo da carreira, e faz um forte mix de peso e modernidade (essa cada vez mais presente), com riffs escritos de maneira a não se repetirem, criando uma alternância que torna as músicas bastante dinâmicas e fáceis de se absorver.
Entretanto, a facilidade poderia tornar o disco enjoativo criar o efeito inverso: as dez faixas mostram ter uma ótima continuidade, fazendo com que a audição flua naturalmente e você mal perceba o momento em que a última música termina de tocar. Dai você ouve o disco mais algumas vezes e no fim das contas, as melodias e refrões estão incrivelmente bem decoradas.
Um ponto polêmico (e talvez o maior) do processo de gravação de Vengeance Falls ficou com a produção, responsabilidade de David Draiman, frontman do Disturbed e Device. Nem todos gostaram disso, mas esse é um dos meus pontos favoritos e uma certeza: é impossível não dizer que David deixou a sua marca.
O som do Trivium está menos core, as músicas tem screams em momentos mais isolados, e são as linhas vocais de Matty Heafy que mostram a maior diferença: o estilo Hetfield-esco adotado pelo vocalista ainda está presente, porém divide espaço com o fraseado nitidamente "herdado" de Draiman.
Tal fato permitiu a Matt ter uma performance acima da média, explorando mais da sua voz nos momentos agressivos, emotivos, nos gritos, e até usando tons pouco exploradas feito o grave fantástico no início de Wake (The End Is Nigh).
Destaques
Strife (faixa favorita): a melhor definição para o riff abre alas é épico. Strife é onde a voz de Matt mais demonstra a inspiração em Draiman, um choque inicial, porém a cada audição a música fica ainda melhor. A letra profunda e atual ganha um peso extra com a super harmonia entre vocais e back vocais;
No Way To Heal: Nick Augusto brilha em como conduz a bateria. Splashs constantes, batidas marcantes, sem ofuscar a ninguém. Entretanto, quem chama a atenção é Paolo Gregoletto e seu baixo, que desenvolve notas altas (!) e belíssimas, principalmente na ponte antes do refrão;
Conclusão
Vengeance Falls é um disco muito variado, pois combina vários estilos e influências. At The End of This War começa como uma balada antes de entrar em modo metal. Through Blood and Dirt and Bone é uma das mais brutas junto com Incineration: The Broken World. A letra de Villany Thrives segue o padrão moderno e apocalíptico de Down From The Sky.
Mais do que a maioria das bandas, existe uma sensação de que o Trivium tem a missão de silenciar a crítica com cada lançamento. Desgrudar-se da imagem preconceituosa criada em torno do metalcore é trabalhoso, entretanto, Vengeance Falls não deixa dúvidas de que a o grupo está na elite do metal moderno e do metal americano.
Formação
Matt Heafy – guitarra, vocais
Corey Beaulieu – guitarra, backing vocal
Paolo Gregoletto – baixo, backing vocal
Nick Augusto – bateria, percurssão
Tracklist
2. Vengeance Falls
3. Strife
4. No Way to Heal
5. To Believe
6. At the End of This War
7. Through Blood and Dirt and Bone
8. Villainy Thrives
9. Incineration: The Broken World
10. Wake (The End Is Nigh)
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