O quinto dia do Rock In Rio foi comandado pela vibe pop/rock dos shows de Matchbox Twenty e do romantismo do Nickelback. Para encerrar teríamos no Palco Mundo a apresentação de Bon Jovi, a eterna referência em termos de hard rock, baladinhas e fãs histéricas, mesmo que Jon esteja no alto de seus simpáticos 51 anos.
Com desfalque de dois integrantes o show começou: Richie Sambora foi demitido no meio da turnê por razões misteriosas (segundo boatos, financeiras), numa briga que por vezes apareceu em sites de música do Brasil e do mundo. Tico Torres foi cortado às pressas por complicações do problema de apendicite.
Assim o time misto encarou a final de campeonato, trazendo Phil X na guitarra e Rich Scannella na bateria, puxando um setlist me deixou com sentimentos mixados pelo fato de as músicas terem girado torno de alguns CD's os quais eu não dei a devida atenção pelo velho excesso de informação musical na cabeça.
O começo de That's What The Water Made Me ficou baixo. Inquieto, Jon puxou em seguida You Give Love a Bad Name, hit do Slippery When Wet que tem um dos meus refrões prediletos de tudo o que já foi gravado pela banda, empolgação que também foi possivel ver nos fãs, cantando mais alto que as caixas de som.
Usando a experiência de anos levantando plateias pelo mundo, Jon fez caras e bocas, mostrou os sorrisos mais brancos, olhares de galã, paradinhas do som, e até pediu para apagarem as luzes no ritmo da música. Muitos estranharam e -claro- reclamaram de Scannella pouco ter aparecido, fato que mais tarde Boninho explicou ter sido em virtude de questões contratuais.
Nota: sim, eu sei que detalhes assim causam certa estranheza, mas brasileiros.. Sério? O fato de o baterista não aparecer não nega os fatos de que ele estava lá (1), que tocou a bateria (2), e que tocou bem (3). Reclamar por tudo não é ter senso crítico, é ser chato mesmo.
Ah! Em matéria de interação com o público nada vai superar Rosana Guedes, que dias antes do show em vi aparecer numa reportagem da Globo (?): cartaz em mãos e a missão de subir ao palco para conseguir uma foto e um beijo do Jovem. E ela conseguiu.
Nota II: tive a chance ver ver pessoas dizendo que o beijo de Jon foi um ato de humildade. É o brasileiro mostrando como ser o público animado e medíocre ao mesmo tempo. O público do país onde culturalmente as Mulheres Frutas são símbolos de "beleza" [SIC].
Entretanto, vamos continuar falando de coisa boa. E true.
Único integrante original além de Jon, o tecladista David Ovelha Bryan estava empolgado, e me fez largar tudo o que eu estava fazendo no meu momento de distração ao ouvir os teclados da excelente Runaway, que combina o melhor do hard rock e AOR e transforma num ótimo som.
A pré-adolescência da blogueira que vos fala mandou abraços com It's My Life e Have a Nice Day, que foi seguida pelo possivelmente hit maior da banda: Livin' On a Prayer.
Nessa hora o cansaço e esforço estavam estampados no rosto e na voz de Jon. Apesar de estar em seu limite (o tempo passa e para alguns, ele passa mais ainda), o vocalista ainda conseguiu tirar boas notas, unindo o grupo uma última vez para tocar Always, a balada-mor que faz até os solteiros cortarem os pulsos.
A sensação que o show deixou é essa: nem tão jovem, um tanto quanto instável e às vezes bem comportado é o perfil do Bon Jovi atual. Jon, visivelmente emocionado agradeceu a paciência e a consideração dos fãs, o que tocou o meu coração de margarina. De verdade. Ele também explicou o motivo da ausência de Tico, e o homenageou.
Os substitutos também fizeram um bom papel, sobretudo Phil. Então digamos que entre mortos, feridos e exaustos, o saldo da sexta-feira na Cidade do Rock foi no fim das contas positivo.
Nota Final: não entrou no setlist, mas eis uma música que eu bem que gostaria de ter ouvido.
Setlist
That's What the Water Made Me
You Give Love a Bad Name
Raise Your Hands
Runaway
Lost Highway
Whole Lot of Leavin'
It's My Life
Because We Can
What About Now
We Got It Goin' On
Keep the Faith
(You Want to) Make a Memory
Captain Crash & the Beauty Queen From Mars
We Weren't Born to Follow
Who Says You Can't Go Home
I'll Sleep When I'm Dead / Start Me Up
Bad Medicine / Shout
That's What the Water Made Me
You Give Love a Bad Name
Raise Your Hands
Runaway
Lost Highway
Whole Lot of Leavin'
It's My Life
Because We Can
What About Now
We Got It Goin' On
Keep the Faith
(You Want to) Make a Memory
Captain Crash & the Beauty Queen From Mars
We Weren't Born to Follow
Who Says You Can't Go Home
I'll Sleep When I'm Dead / Start Me Up
Bad Medicine / Shout
Encore:
Wanted Dead or Alive
Have a Nice Day
Livin' on a Prayer
Always
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