Na década de 90, Andrea Ferro e Marco Zelati formaram uma banda junto à Claudio Leo e Leonardo Forti, nascia uma ousada banda em Milão,  até então mais forte em outras coisas do que heavy metal na época, a banda Sleep of Right.

A banda tinha uma boa sonoridade e ousadia, porém, faltava algo. Eis que Zelati resolve então chamar sua namorada para uns testes com as músicas da banda. Algumas versões ficaram melhor com ela e outras bem complementadas com sua participação. A jovem não tinha experiência e o máximo que havia feito com música havia dança!!!

O tempo passou, o nome da banda mudou, e hoje vamos falar sobre o sexto álbum do Lacuna Coil, Dark Adrenaline, carregado de fortes sentimentos. Se no início pudesse haver dúvidas se a jovem Cristina Scabbia daria conta, hoje não resta a menor dúvida que ela deu mais do que conta (polêmica lol).

Tonight my dear, the end of time


01 – Trip the Darkness: o álbum começa com peso, mais por parte dos vocais que do instrumental que está pesadinho. Não chega a ser, até o momento, aquela “voadora na nuca” que todo álbum deve ter na faixa abre-alas ou no álbum. Todo trabalho das cordas, faz lembrar um pouco do pretérito da banda, mas sme chegar ao ponto de fazer auto-cover. A dupla vocal funciona bem e Scabbia mostra um pouco do que pode fazer em harmônização da sua voz. Nota: 8

 02 – Against You: em ritmo de uma pequena marcha, continuamos a desbravar o álbum. A música segue um pouco mais acelerada que A Viagem nas Trevas rumo a darksiders. Novamente o foco da composição ficou no vocal, assim como o resto do album é notável o trabalho. Entretanto, começamos a ver as guitarras se destacando um pouco e o primeiro solo do álbum para a nooooossa alegria. Nota: 8

 03 – Kill The Light: continuando o climão “dark” ou “malvadinho”, Kill the Light propõem uma nova idade das trevas … só que não. Apesar do nome “revolts”, a música acaba sendo morna com pequenos picos de agitação, dessa vez pelo vocal de Andrea. Nota: 6,5

04 – Give me Something More: aqui o título vai fazendo juz a composição, conforme a música avança vai ficando melhor, até chegarmos ao refrão. Uma boa combinação da base simples e marcante das guitarras constrastando com o vocal de Cristina meio-grave. Nota: 9

05 – Upsidedown: a música trás a típica timbragem da banda, além dos pequenos truques de efeitos, para jogar o som mais mecanizado alternando nas caixas. Algo que sempre cai bem quando executado de boa forma. No mais a música segue o estilo tradicional das composições da banda. Destaque para o falso contraste das vozes, visto que são dois graves, fazendo um belo refrão e o choro da guitarra solando brevemente. Nota: 7,5

06 – End of Time: e chegamos A música do album até o momento. Algumas baladas da banda ficam épicas, ou muito boa. Vide a versão de Enjoy the Silence que pode figurar aqui. Mas a comparação mais justa, se é qu ehá justiça em comparar, é com Spellbond. Escute Spellbond atentamente, principalmente todo o vocal de Cristina. Volte para cá. Preste atenção no vocal dela. Notou? Se não, você não ouviu direito os refrões e finais das músicas. Uma bela obra de harmônização de ambos vocalistas, porém, a hamonização de Cristina fica com resultado explendido. Nota: 10

 07 – I Don’t Believe in Tomorrow: sem acreditar se teriam mais um dia de gravação, eis uma música dando um ritmo um pouco alternativo com peso na medida. Cozinha dando a cadência, uma guitarra marcando peso e outra pseudo-discretamente soltando notas limpas ao vento que por vezes, ofuscam o vocal de Scabbia para o bem ou para o mal. Nota: 7

08 – Intoxicated: that ankward moment ... em que a engrenagem padrão volta a girar, para termos a “surpresa” na composição. Base suave e todo o peso nos refrões comandados por Andre enquanto Scabbia joga uma voz menos grave atacando frases bonita. É tudo no climão dark adrenaline mesmo. DIE! Nota: 7,5

09 – The Army Inside: mais um momento em que nos faz lembrar um pouco do álbum anterior, mas sem perder identidade para seu contexto a qual está lançada. Mais uma canção em que se deve destacar a performance vocal de Andre, o qual acaba passando batido para a multidão fixionada em Scabbia. O solo da música, se enquadra no discreto porém o que o momento pede, caindo bem para voltarmos aos vocais finais com bela harmonização por parte dela. Nota: 8

10 – Losing my Religion: título mamilos, música morna. Scabbia leva boa parte, de resto fica mesmo a execução das idéias. Assim como praticamente em todo o álbum, o refrão ficou bem executado e mais uma vez Andrea marca sua voz nele. Nota: 7,5

 11 – Fire: e enfim a banda descobre o fogo (tu dum tss) e temos logo de cara um pouco de efeito para scabbia puxar a música. Andrea dá conta de carregar o som até o pré-refrão e refrão comandados fuckyeamente por Cristina. Harmonizações vocais novamente dão o tom. O riff da música, apesar de ser algo simples, causa boa impressão aos ouvidos o pequeno efeito escolhido. Nota: 8,5

12 – My Spirit: e chegamos ao final do álbum e mais um título que permite um trocadilho, afinal the spirit carries on, e o som também. O álbum gira em tonor de 3 a 3,30 minutos por música. A derradeira tem pouco mais de 5, demonstrando um cuidado maior da banda para finalizar toda a idéia projetada para Dark Adrenaline. Escutaremos de tudo um pouco do que rolou no álbum e a música encerra bem o trabalho da banda da terra do Mario Bros. Nota: 9

Dark Adrenaline fechou bem o ano de 2012 da banda, que aliás foi muito bom. Apesar de em alguns momentos ele passar a impressão de estarmos ouvindo mais do antigo álbum, quase uma continuação em algumas faixas, o álbum merece ser conferido antes do fim do tempo.

Nota Final: 8