Agradeça à Inglaterra pela New Wave of British Heavy Metal, porém não esqueça que o Eldorado da música pesada é a Finlândia. O país faz por onde ser e se manter como a mãe de incríveis bandas de vertentes diferentes do metal, entre quais podemos incluir sem muito esforço o Wintersun.
Incialmente um projeto paralelo do guitarrista Jari Maenpaa (ENSIFERUM), logo o finlandês decidiu deixar o Ensiferum para seguir com ele a sério. Em 2004 lançou o homônimo Wintersun, e por volta de 2005 entrou em estúdio para gravar os primeiros instrumentos Time, que era o nome do álbum até então. Entretanto, a sua produção sofreu com diversos problemas, forçando o músico a adiar a finalização e lançamento do registro.
Os anos correram, e há pouco menos de 1 ano a vida me apresentou ao Wintersun graças à Last.fm e ao Tumblr. Curti então a página oficial do grupo no Facebook sem compromisso, só por curiosidade, e fui bombardeada durante dias por breves parágrafos de pessoas que haviam escutado Time I, e obviamente adorado. Isso levou a ansiedade dos fãs ao máximo, até chegar a última segunda (15) do grande anúncio:
- Antes do lançamento oficial na sexta, a banda faria um stream gratuito dele em seu site oficial.
Os anos correram, e há pouco menos de 1 ano a vida me apresentou ao Wintersun graças à Last.fm e ao Tumblr. Curti então a página oficial do grupo no Facebook sem compromisso, só por curiosidade, e fui bombardeada durante dias por breves parágrafos de pessoas que haviam escutado Time I, e obviamente adorado. Isso levou a ansiedade dos fãs ao máximo, até chegar a última segunda (15) do grande anúncio:
- Antes do lançamento oficial na sexta, a banda faria um stream gratuito dele em seu site oficial.
Depois de uma notícia dessas é se diz aqui no Rio: partiu? Mais é claro que sim. Seria a chance de ouro pra ouvir uma das produções mais aguardadas e puxasaqueadas da história recente desde Imaginaerum do Nightwish, e quando terminei de ouvir as 5 faixas da tracklist, concluí que seria difícil traduzir o sentimento em palavras exatas.
Jari é conhecido como um maníaco perfeccionista, e seus esforços tiveram efeito. Time I é belo em todos os detalhes, a começar pela inspiração na estética japonesa que influenciou a primeira versão da capa, que trazia estampada uma árvore de cerejeira (conhecida também como Sakura), que permaneceu na segunda capa, porém melhor trabalhada e estilizada.
A sonoridade também reflete a influência nipônica pelo uso de melodias tradicionais conforme ouvimos em When Time Fades Away. É como se a música transportasse você direto pra apresentação de Sayuri em Memórias de uma Gueixa.
Entretanto, a seguir começa Sons of Winter And Stars e a coisa muda de figura. O Wintersun incorpora o feeling cinematográfico ainda mais forte, e faz uma linda apresentação durante os 14 minutos da música, alternando entre grandes orquestrações, uma banda entrosada, vocais variados e toda uma complexidade.
É como se fosse o Avantasia do death melódico, só que duas vezes mais épico, pois vale deixar registrado que o poderoso coro presente na faixa é composto por ilustres nomes da cena folk/viking/melódica como:
Markus e Sami, do Ensiferum
Mathias, Olli e Jukka-Pekka, do Turisas
Heri, do Týr
Mikko, do Kiuas
Teemu e Jukka, do próprio Wintersun
Fica aqui o link vídeo, e aqui do álbum com as fotos do dia da grande reunião.
Saindo de Sons of Winter and stars, ouvimos Land of snow and sorrow, que ainda evoca a atmosfera cinematográfica, porém usando um ritmo mais lento e vocais com grande carga emocional. Ouve-se toques das melodias japonesas aqui e ali, e dessa vez o transporte é para uma paisagem coberta de neve, fileiras de altos pinheiros.. Basicamente esses cenários que despertam a melancolia nórdica.
Darkness and Frost é outro instrumental bonito, e que antecede Time. A música é um encerramento de respeito, com cara de "continua no próximo episódio" (já que Time II será lançado em 2013), iniciando com mais uma combinação de orquestrações e de riffs de guitarra cativantes. Os primeiros minutos são lentos, os vocais potentes e o teclado faz a festa.
Conclusão
Time I é recomendadíssimo pra qualquer ouvinte de música. Os vocais rasgados não estão presentes em maioria, e momentos em que aparecem, porém fornecem um interessante complemento. É um álbum complexo e megalomaníaco, com boas composições, que é difícil de ser definido e que valeu a pena esperar para ouvir. Fosse o tempo de meses ou anos.
Formação
Jari Mäenpää − vocal, guitarra, teclado
Teemu Mäntysaari − guitarra
Jukka Koskinen − baixo
Kai Hahto − bateria
Tracklist
1. When Time Fades Away - 4:08
2. Sons of Winter and Stars
I. Rain of Stars
II. Surrounded by Darkness
III. Journey Inside a Dream
IV. Sons of Winter and Stars - 13:31
3. Land of Snow and Sorrow - 8:22
4. Darkness and Frost - 2:22
5. Time - 11:45
Jari é conhecido como um maníaco perfeccionista, e seus esforços tiveram efeito. Time I é belo em todos os detalhes, a começar pela inspiração na estética japonesa que influenciou a primeira versão da capa, que trazia estampada uma árvore de cerejeira (conhecida também como Sakura), que permaneceu na segunda capa, porém melhor trabalhada e estilizada.
A sonoridade também reflete a influência nipônica pelo uso de melodias tradicionais conforme ouvimos em When Time Fades Away. É como se a música transportasse você direto pra apresentação de Sayuri em Memórias de uma Gueixa.
Entretanto, a seguir começa Sons of Winter And Stars e a coisa muda de figura. O Wintersun incorpora o feeling cinematográfico ainda mais forte, e faz uma linda apresentação durante os 14 minutos da música, alternando entre grandes orquestrações, uma banda entrosada, vocais variados e toda uma complexidade.
É como se fosse o Avantasia do death melódico, só que duas vezes mais épico, pois vale deixar registrado que o poderoso coro presente na faixa é composto por ilustres nomes da cena folk/viking/melódica como:
Markus e Sami, do Ensiferum
Mathias, Olli e Jukka-Pekka, do Turisas
Heri, do Týr
Mikko, do Kiuas
Teemu e Jukka, do próprio Wintersun
Fica aqui o link vídeo, e aqui do álbum com as fotos do dia da grande reunião.
Saindo de Sons of Winter and stars, ouvimos Land of snow and sorrow, que ainda evoca a atmosfera cinematográfica, porém usando um ritmo mais lento e vocais com grande carga emocional. Ouve-se toques das melodias japonesas aqui e ali, e dessa vez o transporte é para uma paisagem coberta de neve, fileiras de altos pinheiros.. Basicamente esses cenários que despertam a melancolia nórdica.
Darkness and Frost é outro instrumental bonito, e que antecede Time. A música é um encerramento de respeito, com cara de "continua no próximo episódio" (já que Time II será lançado em 2013), iniciando com mais uma combinação de orquestrações e de riffs de guitarra cativantes. Os primeiros minutos são lentos, os vocais potentes e o teclado faz a festa.
Conclusão
Time I é recomendadíssimo pra qualquer ouvinte de música. Os vocais rasgados não estão presentes em maioria, e momentos em que aparecem, porém fornecem um interessante complemento. É um álbum complexo e megalomaníaco, com boas composições, que é difícil de ser definido e que valeu a pena esperar para ouvir. Fosse o tempo de meses ou anos.
Jari Mäenpää − vocal, guitarra, teclado
Teemu Mäntysaari − guitarra
Jukka Koskinen − baixo
Kai Hahto − bateria
Tracklist
1. When Time Fades Away - 4:08
2. Sons of Winter and Stars
I. Rain of Stars
II. Surrounded by Darkness
III. Journey Inside a Dream
IV. Sons of Winter and Stars - 13:31
3. Land of Snow and Sorrow - 8:22
4. Darkness and Frost - 2:22
5. Time - 11:45
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