Hoje vou começar uma coluna nova aqui no Hardmetal Brasil, que ainda não terá uma periodicidade (amém) definida, mas que já possui um tema de estréia: Tarja Turunen e Nightwish.
Disclaimer: em caso de dúvida do significado da origem nome da coluna, leiam aqui.
Há alguns anos atrás, quando os membros da banda finlandesa Nightwish através de uma carta aberta demitiram oficialmente a então vocalista Tarja Turunen, o fato criou uma rachadura na base de fãs e uma rivalidade sem precedentes (no princípio). Algo mais ou menos como:
- Tarjetes (aka fãs de Tarja) e fãs de Nightwish
- Tarjetes anti-Nightwish
- Fãs de Nightwish e Tarjetes
- Fãs de Nightwish e anti-Tarja
Os motivos variam e no caso dessa coluna, não importam muito. Importam apenas o fato de que eles existiram e existem. Tuomas e companhia seguiram adiante promovendo um o processo de seleção de uma nova vocalista, sendo que quando a mesma foi encontrada, foi revelada um pouco depois. Ela primeiramente emprestaria a sua voz ao single do futuro álbum da banda (Dark Passion Play), 'Eva', e depois participaria da gravação do clipe de 'Amaranth', quando nós a conheceríamos. A sueca e ex-vocalista da banda Alyson Avenue, Anette Olzon.
O estilo supostamente pop de Anette cantar, mais o significado das músicas Master Passion Greed e Bye Bye Beautiful me impediu de criar uma simpatia imediata pela nova formação. Já do outro lado, Tarja iniciou sua carreira solo e depois de um tempo em estúdio, lançou o My Winter Storm, um álbum OK. Um outro problema -entretanto- é que tanto ela, quanto a ex-banda resolveram sair das declarações na mídia, para se enfrentarem em suas composições. Isso se identifica facilmente nas letras de Bye Bye Beautiful ('Adeus Bela', do Nightwish) e I Walk Alone ('Eu Ando Sozinha', da Tarja).
Já as novas bases de fãs se dedicariam a promover uma guerra de entre si.
Eu acabei por sair aos poucos da minha condição preconceituosa, ouvir Bye Bye Beautiful e The Poet and The Pendulum com um pouco mais de atenção, e acabar gostando de ambas, um passo para curtir o cd inteiro. Na primeira, o que mais me agradou foi a voz da Anette (sim!), e na segunda, as orquestrações e todo o feeling grandioso.
Fazendo meia volta novamente, Tarja lança o vídeo clipe da música Die Alive. Hooray! Mas passei muito tempo até ouvir o My Winter Storm por completo, e eu compreendo os motivos que me levaram a isso. As faixas que mais gosto são Die Alive, Boy And The Ghost, I Walk Alone e o cover de Alice Cooper, Poison.
Façamos mais uma curva para entrar no fator fãs, novamente.
Já tive a oportunidade de ler alguns classificarem Tarja como preguiçosa, e que a sua carreira solo não merece atenção em virtude de seus fãs tão cegos. Os Tarjetes contra-atacam dizendo que o Nightwish nunca mais será o mesmo sem a presença de sua deusa, visto que Anette falhamente tenta alcançar notas as quais não estão na sua alçada.
Ficou irritado? Eu não lhe culpo.
A verdade é que existem xiitas dos dois lados, daqueles que não estão interessados à pelo menos respeitar a opinião uns dos outros. Eu tenho a coragem de dizer: ouço o Nightwish na fase antes e com a Anette, e torço muito para que Tarja alavanque sua carreira solo. Recentemente tive a oportunidade de ouvir duas músicas das que estarão no novo álbum, What Lies Beneath, e são muito bem produzidas, fiéis ao estilo da cantora, que agora tem a oportunidade de estar mais ativa no processo de produção. Algo que não acontecia antes.
Não peço para que da noite para o dia os dois lados se entendam e entrem em acordo, assim como não posso generalizar e dizer que 100% dos fãs são personas non gratas, mas seria interessante ter um pouco mais de maturidade. O Nightwish não seguirá mais o 'padrão Tarja', assim como a carreira solo da cantora não será uma imitação barata da sua antiga banda. Serão 'coisas' diferentes que devem ser encaradas como tal.
Mas claro, são apenas meus dois centavos sobre o assunto. Nada assombroso.
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